Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Entenda

Em campanha, Doria mostra médicos e apela a paulista para ficar em casa

Igor Gielow - Folhapress
14 mai 2020 às 08:51
- Reprodução/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Preocupado com a baixa adesão ao isolamento social no estado na pandemia da Covid-19, o governo de São Paulo resolveu modificar sua campanha publicitária pedindo para as pessoas ficarem em casa, adotando um tom mais grave.

A partir desta quinta (14), filmes de 1 minutos na TV e na internet mostrarão quatro casos reais de mortes de profissionais de saúde devido ao novo coronavírus.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Seus nomes, função, idade e cidade de atuação acompanham as fotos e um pequeno texto explicando as condições do óbito: sem doenças preexistentes, falecido após 19 dias na UTI etc.

Leia mais:

Imagem de destaque
Após postagens de Elon Musk

Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, afirma Alexandre de Moraes

Imagem de destaque
Entenda

Justiça nega pedido de exumação e traslado do corpo de Gal Costa; advogadas do filho vão recorrer

Imagem de destaque
1.256 mortes pela doença

Brasil tem mais de 3 milhões de casos de dengue desde janeiro de 2024

Imagem de destaque
Entenda o caso!

Funcionária processa empresa por demissão, mas acaba pagando R$ 100 mil


"Essas pessoas era profissionais de saúde que estavam lutando para salvar suas vidas", segue o texto, que em seguida mostra o depoimento do médico Jaques Sztalnbok, do hospital paulistano Emílo Ribas, pedindo para que as pessoas fiquem em casa.

Publicidade


A dramaticidade do vídeo muda o tom do governo. Inicialmente, havia a preocupação de um tom de alerta sobre a gravidade da pandemia. Com a adesão inicial abaixo dos 70% desejados, mas acima dos 50%, a retórica foi mudada para a associação entre ficar em casa e um ato de amor ao próximo.


Pesaram no cálculo as críticas duras vindas do governo federal. Jair Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB-SP) estão em polos opostos no embate público sobre a condução da doença.

Publicidade


O presidente busca minimizar aspectos médicos da crise e priorizar uma tentativa de reabertura da economia, mesmo com as curvas de infecção e mortes pela Covid-19 na ascendente. Já o governador paulista mantém a política de quarentena, que foi estendida até 31 de maio inicialmente.


Especialistas creem que será difícil o tucano escapar, em alguma medida, de políticas de lockdown (confinamento) caso a curva paulista da doença não mude.

Publicidade


A propaganda vai numa direção algo contrária daquela da prefeitura paulistana, comandada por Bruno Covas (PSDB). A campanha municipal teve peças de tom bastante dramático, lembrando a tragédia dos corpos empilhados em Guayaquil (Equador), e agora está mais leve.


A capital também adotou, sem informar antes o governo estadual, um rodízio radical em que apenas metade da frota pode circular todos os dias, o que é alvo de críticas por especialistas por sobrecarregar o transporte coletivo.

Publicidade


Nesta terça (12), o confinamento medido a partir da movimentação de pessoas com celulares em 104 cidades com mais de 70 mil habitantes estava em apenas 47%.


No governo paulista, a discussão tem sido cada vez menos sobre o se, e mais sobre o quando o lockdown ocorrerá. E, principalmente, acerca do como ele seria executado.

Publicidade


Não há consenso sobre como seria feito o uso de forças policiais, já que as insinuações iniciais de Doria de que no extremo poderia haver prisões ou multas a moradores foram mal recebidas politicamente.


A ideia de punições, apoiada pela população segundo o Datafolha, virou munição de Bolsonaro não só contra Doria, mas também outros governadores e prefeitos na mesma situação. A exequibilidade do lockdown também é questionada: em lugares como Belém, a cidade manteve ruas lotadas mesmo com a ordem.

São Paulo tem mais de 50 mil casos e de 4 mil mortes pela Covid-19, sendo um dos epicentros da pandemia no país –uma obviedade dado o fato de ser o estado mais populoso e também o principal centro de circulação de pessoas de outras regiões e países no Brasil.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade