Após 11 horas de leituras de peças, começou no madrugada deste sábado (27), o interrogatório do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Acusado de assassinar e desaparecer com o corpo da amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio, o ex-policial se declarou inocente. A juíza Marixa Rodriguez leu a denúncia de que ele teria "asfixiado Eliza até a morte" e depois ocultado o corpo. Questionado se a denúncia é verdadeira, Bola respondeu: "Não, senhora".
O julgamento do ex-policial, que entra no sexto dia, será retomado nesta manhã com o seu depoimento. Na madrugada, Bola afirmou que conheceu o goleiro Bruno na prisão. Também disse ter falado com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, apenas duas vezes e declarou não ter tido contato direto com ele antes de ser preso. O ex-policial disse que tem uma animosidade entre ele e o delegado Edson Moreira, que depôs por mais de 11 horas neste julgamento. Moreira chefiou as investigações do inquérito sobre o desaparecimento de Eliza Samudio.
Marcos Aparecido também contou como ficou amigo do ex-policial civil José Laureano, o Zezé, investigado por envolvimento na morte da amante de Bruno. Para o Ministério Público, foi Zezé quem apresentou Bola ao goleiro e a Macarrão.
Leia mais:
A partir desta sexta-feira, sites não podem vender 48 marcas de whey protein
Mãe se desculpa após discussão dentro de avião e diz que filho fez 'birra ridícula'
Hora trabalhada de pessoa branca vale 67,7% mais que a de negros
Mulher que viralizou ao não ceder assento vai processar mãe após exposição
Bola afirmou que se tornou amigo de Zezé durante os treinamentos do Grupo de Resposta Especial (GRE) em seu sítio. Disse ainda ser amigo do ex-policial, outro investigado pelo MP, há 22 anos. Durante o depoimento de uma hora, Bola relatou ter sido tratado "como um cachorro" na prisão.
Antes de iniciar o depoimento, o ex-policial alegou estar muito cansado e com a saúde debilitada. O advogado dele, Fernando Magalhães, afirmou que orientou seu cliente a responder todas as perguntas.