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Conafer e AAB

Entidade investigada em fraudes no INSS é ligada a outra associação com R$ 28 mi em descontos

Folhapress
20 jun 2025 às 17:48

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Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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A Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil), entidade investigada nas fraudes em descontos associativos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), tem estreita ligação com uma outra associação que também desconta valores de aposentados.


A AAB (Associação de Aposentados do Brasil) já recolheu R$ 28 milhões em descontos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS entre agosto de 2024 e abril de 2025. Isso representa uma média mensal de R$ 3 milhões nesse período de nove meses.

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A associação ficou de fora da lista de 11 investigadas pela PF (Polícia Federal) e pela CGU (Controladoria-Geral da União) e das 12 que tiveram os bens bloqueados a pedido da AGU (Advocacia Geral da União).

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Procuradas, nem a Conafer nem a AAB responderam aos questionamentos da Folha de S.Paulo.

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A Conafer é a segunda entidade com mais descontos associativos registrados no INSS, com R$ 484 milhões descontados entre 2019 e 2024, ficando atrás só da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que recebeu R$ 2,1 bilhões no período.


A Conafer foi investigada pela Polícia Civil do DF por fraudar descontos associativos em 2020. No período, como mostra a investigação da PF, a arrecadação com os descontos associativos explodiu. Em 2019, a entidade recebeu R$ 350 mil com a modalidade. No ano seguinte, a arrecadação saltou para R$ 57 milhões.

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O ritmo acelerado do crescimento dos descontos na Conafer manteve-se nos anos seguintes, e a entidade recebeu R$ 92,2 milhões, em 2022, e R$ 202,3 milhões, em 2023.


DIRETOR INVESTIGADO

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O acordo da AAB com o INSS foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) em 31 de outubro de 2023. Ele foi assinado pelo então diretor de Benefícios da autarquia, André Fidelis, um dos investigados pela PF.


O padrinho político de Fidelis é a Conafer, que é uma das 11 associações citadas pela PF no seu relatório sobre o caso.

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Fidelis foi exonerado em julho de 2024 porque estaria protelando uma auditoria nos descontos associativos intermediados pelo INSS, segundo o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT).


A defesa de André Fidelis informou que ainda não houve acesso à íntegra dos procedimentos que compõem a operação. "Desta forma, no momento não haverá manifestação pública sobre o caso, sem prejuízo de eventual posicionamento futuro", disse.

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Pelo lado da AAB, a assinatura foi do seu presidente, Dogival José dos Santos. Ele é casado com Lucineide dos Santos Oliveira, também diretora da AAB. Lucineide é irmã de Samuel Chrisostomo do Bomfim Junior, que foi contador da Conafer. A terceira diretora da AAB é Creuza dos Santos, mãe de Lucineide e Samuel.


Samuel é citado na investigação da PF devido a sua ligação com Cícero Marcelino de Souza Santos, que teve mandado de busca e apreensão executado pela PF em maio devido a sua ligação com a Conafer.

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Cícero Marcelino, segundo as investigações, teria recebido R$ 291,5 mil do presidente da Conafer, Carlos Lopes. De acordo com a PF, houve também um alto volume de transações com as empresas nas quais ele detém participação.


Samuel e Cícero Marcelino não são sócios formalmente, mas os dois e Lucineide possuem uma série de empresas que dividem o mesmo endereço no Recanto das Emas, cidade a 35 quilômetros de Brasília.


No endereços estão Cunha e Santos Locação e Nobre Eventos, de Cícero Marcelino; Impacto Serviços Especializados, Expresso Publicidade, Cifrão Sistemas e Solution, de Samuel; e outras empresas chamadas Solution, Expresso e Impacto, de Lucineide.


Funcionários da Conafer, que preferem não se identificar, disseram à Folha que a contabilidade da AAB era feita pela Conafer. Eles relatam que o quadro de pessoal das duas entidades tem diversos funcionários compartilhados.


Procurados por Whatsapp ou por meio da AAB e da Conafer, nenhum dos citados respondeu aos questionamentos da Folha de S.Paulo.


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