Brasil

Escassez de saneamento no Brasil preocupa Ministério do Meio Ambiente

27 set 2017 às 08:49

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse hoje ter ficado assustado e preocupado com os dados de uma pesquisa da Agência Nacional de Águas (ANA) que aponta que apenas 45% dos lares brasileiros têm algum tipo de tratamento de esgoto.

O levantamento da ANA, batizado de Atlas Esgotos, traz o diagnóstico da coleta e do tratamento de esgotos em cada um dos 5.570 municípios brasileiros. Mostra ainda o impacto do lançamento da carga orgânica de esgotos em açudes, rios e oceanos.


"É preciso que se protejam as nascentes e matas ciliares. Há alguns anos, houve a crise hídrica no Sudeste, e São Paulo teve que fazer obras para suprir a necessidade de água. Ali, se verificou que as bacias [hidrográficas] que levavam a água para os reservatórios que abastecem [a Grande] São Paulo eram as mais desprotegidas", disse Sarney Filho.


"Fiquei assustado ao ver que, na Mata Atlântica, rios e córregos estão secando. Em Brasília, no cerrado, berço das águas, estamos em pleno racionamento", acrescentou o ministro, lembrando dos incêndios que têm consumido diversas reservas florestais no país.


O Atlas Esgotos mostra para alcançar a universalização do esgotamento sanitário na área urbana do país seriam necessários cerca de R$ 150 bilhões em investimentos, tendo como horizonte o ano de 2035. Cerca de 50% dos municípios que precisam de serviço de tratamento convencional de esgoto, demandam 28% do valor estimado. Já 70 dos 100 municípios mais populosos requerem uma solução complementar ou conjunta e concentram 25% do total de investimento.

Segundo o estudo, na maioria dos municípios (4.288) o serviço de saneamento é prestado pela própria prefeitura ou há um prestador que precisa aprimorar a capacidade de gestão. Entretanto, parte significativa da população urbana (87 milhões de habitantes), projetada para 2035, vive nos municípios cujo prestador de serviço tem situação institucional consolidada.


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