O advogado Ércio Quaresma, ex-defensor de Bruno Fernandes no processo em que o goleiro é acusado de envolvimento no sequestro e morte de Eliza Samudio, licenciou-se por 30 dias dos quadros da seccional mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade informou hoje que o requerimento de Quaresma foi deferido com base no estatuto da Ordem, mas que a decisão não impede a realização do julgamento do advogado pelo Tribunal de Ética e Disciplina no próximo dia 30, bem como o andamento dos processos disciplinares contra ele em tramitação.
"Enquanto perdurar a licença, o sr. Ércio Quaresma estará impedido de praticar atos privativos de advogados", destacou a entidade, em nota. Protagonista de várias polêmicas desde o início das investigações sobre o desaparecimento da ex-amante de Bruno, Quaresma foi substituído na defesa do goleiro pelo advogado paranaense Claudio Dalledone Junior após a veiculação de um vídeo amador no qual aparece consumindo crack em uma favela de Belo Horizonte. O advogado assumiu que é viciado. Quaresma justifica que o pedido de licença da OAB é para tratamento médico. O prazo de 30 dias pode ser prorrogado, através de documentação.
Procurado, o advogado não foi localizado. Em seu blog, a última mensagem postada data do dia 11 último e é intitulada "Paixão pela advocacia". "Adversidades são constantes nesta caminhada", afirma. A juíza do Tribunal do Júri de Contagem (MG), Marixa Rodrigues, receberá até o dia 3 de dezembro as alegações finais dos advogados de defesa para publicação da sentença relativa à fase de instrução do processo envolvendo Bruno e outros oito réus - que poderão ser levados a júri popular dependendo da decisão da juíza.