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Resistência à ditadura

Governo faz expedição em busca de restos mortais de desaparecidos no Araguaia

Agência Brasil
09 jun 2015 às 20:11

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O governo federal recomeçou, em Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), os trabalhos de busca por restos mortais de desaparecidos políticos na Guerrilha do Araguaia (1972-1974) – movimento que surgiu na década de 1970 em oposição à ditadura militar. O governo estima que 61 guerrilheiros permanecem desaparecidos.

A expedição, a primeira organizada este ano, começou ontem (8) e segue até 19 de junho. Ela ocorre nas cidades que sediaram bases e acampamentos montados pelo Exército no período da guerrilha, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). Segundo relatos de testemunhas, guerrilheiros foram enterrados em diversos pontos da região conhecida como Bico do Papagaio, nos limites do Tocantins, Pará e Maranhão.

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A busca é organizada pelo Grupo de Trabalho Araguaia, coordenado pela SDH, em parceria com os ministérios da Defesa e da Justiça. A investigação envolve uma equipe de 20 peritos das áreas de geologia, arqueologia e antropologia forense.

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Segundo a SDH, em São Geraldo do Araguaia a equipe prosseguirá com as investigações, iniciadas em 2012 e 2013, em um antigo cemitério, a fim de identificar covas em que possam estar enterrados desaparecidos políticos. Os peritos também farão levantamento de possíveis cavernas e fendas usadas para a ocultação de restos mortais.

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A outra parte da equipe vai ficar em Tocantins, onde os especialistas darão continuidade às escavações no local que sediou a Base Militar de Xambioá. Dados do governo indicam que o espaço era utilizado para atos de tortura contra camponeses e militantes políticos.


O Grupo de Trabalho Araguaia resgatou 27 restos mortais entre 2009 e 2014, encaminhados para a Universidade de Brasília, o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e o Instituto Médico Legal do Distrito Federal.

Dentre eles, 12 estão em análise para extração de DNA, e em seis os exames não acusaram compatibilidade com as amostras existentes no banco de perfis genéticos de familiares de desaparecidos políticos. Segundo a SDH, não foi possível extrair o DNA de quatro ossadas e cinco passaram por exames antropológicos e ainda aguardam novos procedimentos.


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