Um morador do Rio de Janeiro mandou pelo correio uma encomenda pouco usual para o Ceará: a ossada de um conhecido, morto no Rio, mas cuja família é do município cearense de Viçosa.
O conteúdo impróprio do pacote foi descoberto por acaso: a carreta que levava a "correspondência" foi roubada no dia 18 de julho.
O bando levou parte da carga e deixou um pacote para trás. Esse material foi encaminhado para uma agência dos Correios em Fortaleza, onde passou por uma vistoria em equipamentos de raio X. E aí veio a surpresa: uma das caixas continha uma ossada humana, acompanhada de uma ordem de exumação emitida pela prefeitura do Rio de Janeiro.
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O remetente postou a correspondência no bairro do Caju, na zona portuária carioca, no dia 14, quinta-feira.
A caixa de tamanho médio, que pesava seis quilos, estava dentro dos parâmetros dos Correios, que transportam no máximo 30 quilos. E não chamou a atenção na agência onde foi postada. Na segunda-feira, dia 18, quando a carreta trafegava no Ceará, houve o roubo.
Desconhecimento. O homem que postou a encomenda foi encontrado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da polícia cearense. Ele contou que a família do seu amigo, de Viçosa, pediu o favor de providenciar a exumação e o envio dos restos mortais para o Ceará.
O homem desconhecia que o correio não pode transportar esse tipo de material e, por isso, não será processado.
A Assessoria de Imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos explica que nem toda a correspondência passa pela triagem no raio X. A proporção varia de acordo com critérios de segurança - nas fronteiras, por exemplo, tudo o que é postado passa por vistoria no equipamento.
‘Excepcional’. A empresa não revela a quantidade de correspondências que trafegam em território nacional que passa pelo aparelho.
"O caso é excepcional e decorreu de desconhecimento, por parte do remetente, da legislação sobre o assunto", informou.
A ossada foi encaminhada para o Instituto Médico Legal e está à disposição da família.