O inverno inicia às 11h58 nesta quarta-feira (21) no Brasil e segue até às 3h50 do dia 23 de setembro. Neste ano, a estação mais fria do ano deve ter temperaturas mais amenas devido à influência do El Niño.
O fenômeno El Niño consiste no aquecimento das águas do oceano Pacífico na área da Linha do Equador, com mudança na circulação de ventos e a distribuição de chuvas em todo o planeta Terra. Portanto, sob a influência dele neste inverno, a previsão é de chuva abaixo da média nas regiões Norte e Nordeste, e mais volumes no Sudeste e Sul.
“Geralmente, o impacto que o El Niño causa no Brasil é a redução de chuvas nas regiões Norte, Nordeste, enquanto na Região Sul e no Sudeste é observado aumento das chuvas. No caso da temperatura, existe uma tendência de elevação em grande parte do país e esse aumento pode elevar o risco de queimadas no Brasil central. Dessa forma, teremos um inverno menos rigoroso por conta do El Niño”, aponta a meteorologista Danielle Ferreira, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Leia mais:
Novos planos de saúde poderão ser cancelados com duas mensalidades atrasadas
Clientes da 123miIlhas têm até esta terça (3) para pedir dinheiro de volta
Vinte mil aposentados já compraram passagens pelo Programa Voa Brasil
Anvisa aprova registro do primeiro medicamento para distrofia muscular de Duchenne
No entanto, a meteorologista não descarta a entrada de massas de ar frio e formação de geadas em áreas de maior altitude nas regiões Sul e Sudeste.
De acordo com o prognóstico do Inmet, a queda de temperatura pode provocar dias de friagem nos estados de Mato Grosso, de Rondônia, do Acre e no sul do Amazonas.
El Niño
A chegada do El Niño foi confirmada neste mês pelo Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). A tendência é que o fenômeno atue durante o inverno.
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, podendo se estender desde a costa da América do Sul até o meio do Pacífico Equatorial.
No período da influência do fenômeno, a temperatura das águas chega a subir 0,5º C entre seis meses a dois anos. Um dos efeitos que pode causar no Brasil é elevar o risco de seca no Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul.