A Justiça de São Paulo decidiu nesta quinta-feira, 28, manter internado Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha. Acusado de torturar e assassinar um casal de namorados em 2003, quando tinha 16 anos, Champinha cumpriu três anos de internação psiquiátrica em uma unidade especial, mas não foi liberado após o fim da medida.
A decisão é do juiz Willi Lucarelli, do Foro Distrital de Embu-Guaçu, região metropolitana de São Paulo, onde aconteceu o crime. Champinha está em uma Unidade Experimental de Saúde na Vila Maria, zona norte da capital. O equipamento funciona sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde.
Champinha foi condenado por torturar e matar o casal Felipe Caffé, de 19 anos, e Liana Friedenbach, de 16, que estavam acampando em Embu-Guaçu. Inicialmente, ele foi internado na Febem, hoje Fundação Casa, e depois transferido para a unidade experimental de saúde em 2007.
Leia mais:
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE
Candidatos incluídos no Concurso Nacional Unificado devem enviar títulos até esta quinta-feira
The Town terá Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Pitty em noite do rock em 2025
A proposta da Defensoria Pública é de que ele pudesse continuar o tratamento em liberdade. Além de Champinha, hoje com 28 anos, o juiz ouviu nesta quinta-feira o Ministério Público, a Defensoria Pública, psicólogos e assistentes sociais, da Secretaria Estadual e do Ministério da Saúde, que acompanharam ou avaliaram o caso.
A audiência, que teve debates acirrados, começou por volta das 14 horas e terminou quase às 20 horas. Nova audiência será realizada em três meses. Nesse período, serão feitas novas avaliações psiquiátricas.
Primeiro a ser ouvido na audiência, Champinha deixou o foro em uma van da Justiça, com forte escolta policial, sem falar com a imprensa, por volta das 15 horas. Se fosse solto, a expectativa é de que ele entrasse em um novo programa de supervisão psiquiátrica e talvez mudasse de cidade.
A promotora Maria Gabriela Manssur, que acompanha o caso desde o começo, afirmou que a medida oferece "proteção à sociedade". O magistrado e a Defensoria não se pronunciaram sobre a decisão.