O médico cubano acusado de abusar sexualmente de três pacientes grávidas em Luziânia (GO) foi intimado hoje a prestar depoimento amanhã (21). Duas vítimas têm 19 anos e a terceira, 20 anos. Elas estão grávidas de três, cinco e sete meses. O suspeito, cujo nome não foi revelado, é contratado do Programa Mais Médicos.
Segundo a delegada da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Luziânia, Dilamar de Castro, as mulheres foram fazer consulta de pré-natal na manhã do dia 13, quando perceberam que o procedimento do médico era "estranho".
De acordo com a delegada, quando elas questionaram a conduta dele, o suspeito pediu que ficassem tranquilas e se imaginassem em uma praia. Segundo as vítimas, ele acariciou a região íntima das três, por cerca de 10 minutos. No mesmo dia, elas fizeram a denúncia.
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A delegada ouviu as três vítimas e a enfermeira que atende no posto de saúde onde ocorreram as consultas. Segundo Dalimar, foi a enfermeira quem orientou as vítimas a denunciarem o caso.
As mulheres foram examinadas no Instituto Médico-Legal (IML), mas não foram encontradas evidências físicas da violência, porém, através do depoimento das três, os médicos do IML constataram que a conduta foi inadequada.
O cubano é considerado suspeito de violação sexual mediante fraude, crime que pode levar à prisão por até seis anos. No dia seguinte ao das denúncias, ele não voltou ao trabalho e foi afastado até o fim das investigações.
O Ministério da Saúde, responsável pela contratação do médico, instaurou processo disciplinar para apuração da conduta dele. Em nota, o ministério informou também que apoiará a Polícia Civil de Goiás e acompanhará a investigação criminal.