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MPF pede ressarcimento superior a R$ 7 bilhões a réus da Lava Jato

Agência Estado
14 mar 2016 às 12:09

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O Ministério Público Federal em Curitiba ajuizou no sábado, 12, ação de improbidade administrativa contra os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa, o ex-gerente executivo Pedro Barusco e o ex-funcionário Celso Araripe D’Oliveira, as empresas Odebrecht S.A. e a Construtora Norberto Odebrecht e contra os executivos Marcelo Bahia Odebrecht, Marcio Faria da Silva, Rogério Araújo, Cesar Rocha e Paulo Sérgio Boghossian.
Segundo a Procuradoria, esta é a sexta ação de improbidade administrativa no âmbito da Operação Lava Jato.

Na ação ajuizada, o Ministério Público Federal pede que os réus sejam condenados a pagar R$ 7.288.289.786,40. Neste valor estão incluídos o ressarcimento em R$ 520.592.127,60, equivalente ao total de propina paga em razão dos contratos, o pagamento de multa civil no total de R$ 1.561.776.382,80 e o pagamento de danos morais coletivos em montante não inferior a R$ 5.205.921.276,00. Além disso, pede-se que os réus sejam proibidos de contratar com o Poder Público e de receber benefícios ou incentivos fiscais.

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"O oferecimento da ação tem por base evidências de que as empresas do Grupo Odebrecht, individualmente ou por intermédio de consórcios, pagaram propinas para serem favorecidas em licitações", diz a ação, citando obras da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), de Abreu e Lima (Rnest), do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e intervenções relativas ao prédio administrativo de Vitória, no Espírito Santo.

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Além das empresas e também dos executivos ligados ao Grupo Odebrecht, ainda estão sendo processados por improbidade administrativa a empresa Freitas Filho Construções Ltda e seu proprietário, Eduardo de Oliveira Freitas Filho, "em razão de terem contribuído para o pagamento de vantagens indevidas ao ex-funcionário da Petrobras Celso Araripe e de terem obtido benefícios econômicos em decorrência dessa corrupção".

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'Inconsistente'


Em nota, o Grupo Odebrecht e a Construtora Norberto Odebrecht informaram que foram surpreendidas com a notícia divulgada pelo Ministério Público Federal sobre ação de improbidade administrativa ajuizada na noite de sábado pela Procuradoria da República no Paraná. O conglomerado empresarial classificou como "inconsistente a propositura" do Ministério Público Federal.


"Na qualidade de grupo multinacional com mais de 128 mil empregados e socialmente responsável direta e indiretamente por mais de 500 mil pessoas nos 28 países em que atua, a Odebrecht considera inconsistente a propositura de valores de ressarcimento bilionários, mais de 70% dos quais referentes a 'dano moral coletivo' supostamente devido à Petrobras, e, ao mesmo tempo, a defesa de realização de perícia técnica para apurar os fatos que alega", diz o comunicado.

"A Odebrecht S/A, que nunca celebrou contratos com a Petrobras e, por isso, sequer poderia ser apontada como ré na ação, e a Construtora Norberto Odebrecht S/A, prestarão esclarecimentos no processo assim que citadas. Ressaltam, por fim, que qualquer hipotética exigência dela decorrente dependerá do devido processo legal, com manifestação de todas as instâncias judiciais competentes", conclui a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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