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Empresas criam cotas

Mulheres caminhoneiras são disputadas por empresas transportadoras

Fernanda Nunes - Folhapress
16 fev 2024 às 16:33
- Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Há dez anos na estrada, a motorista de caminhão Alessandra Veiga tem recebido convites frequentes para trabalhar em novas empresas transportadoras. Ela percebe uma transformação no mercado, que interpreta como um reconhecimento de que as mulheres são mais cuidadosas com os veículos e se envolvem em menos acidentes.

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"Estou trabalhando numa empresa e fui chamada para outra, que tem cota para mulheres. Mas não aceitei o convite. Na minha empresa, sou a única mulher, entre 30 caminhoneiros", disse Veiga, ressaltando que o ambiente de trabalho já foi mais preconceituoso.

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Ela conta que, aos 35 anos, quando começou a dirigir caminhões, participou de uma seleção de emprego e, no fim da entrevista, foi convidada a assumir um cargo administrativo, no escritório. "Respondi que não tinha gasto quase R$ 3.000 para tirar carteira (de motorista) à toa. Hoje, sou referência no meu trabalho", afirmou a motorista.


Também Marta Damaceno, 25, sente a transformação. Há apenas dois anos na estrada, ela já mudou de empresa duas vezes. "Trabalhar com caminhão é uma escolha. Não sou caminhoneira por falta de estudo ou de opção. Estou preparada para o mercado", destacou.

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A L'Oréal é um exemplo de indústria que definiu uma cota feminina no transporte de carga. A fabricante de cosméticos desenvolve um projeto-piloto de contratação de mulheres para dirigir caminhões movidos a biometano.


Assim, a empresa pretende atingir dois compromissos de transição energética justa, de uma só vez - com a diversidade de gênero e de consumo de combustíveis menos poluentes.

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Os caminhões a biometano da L'Oréal transitam entre a fábrica, na capital e o centro de distribuição da empresa, em Jarinu (SP). Três caminhoneiras foram contratadas para a função, no momento, e a meta é que o transporte passe a ser feito exclusivamente por mulheres no ano que vem, quando deve chegar a 11 o número total de motoristas do sexo feminino.


O biometano, por sua vez, foi uma opção ao GNV (gás natural veicular) e o óleo diesel, de origem fóssil. O biometano é produzido a partir de efluentes e resíduos orgânicos, como lixo, e chega a ser negativo em carbono, pois, em alguns casos, utiliza como matéria-prima o metano, um poluente capturado da atmosfera.

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O combustível é fornecido pela Gás Verde, que instalou o primeiro posto de abastecimento de biometano dedicado à frota de uma única companhia, no centro de distribuição da L'Oréal, em Jarinu (SP). As duas empresas esperam, com isso, dar um pontapé no projeto de ampliação do consumo rodoviário do combustível.


"A grande transformação do transporte vai vir do biometano, e não da eletrificação, por conta do preço e da disponibilidade dos veículos", afirmou o diretor de Operações da L'Oréal Brasil, Jeferson Fernandes. O biometano e o gás natural são quimicamente compatíveis. Isso significa que caminhões movidos a GNV podem consumir biometano também.

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Com esse projeto, a fabricante de cosméticos vai reduzir suas emissões no transporte de carga dedicado em 94%. Para isso, foram contratados 3,6 milhões de m³ do produto da Gás Verde.


CEO da fabricante de biometano, Marcel Joran conta que o foco do negócio da Gás Verde é justamente o consumo industrial. A empresa adquiriu, neste ano, a portuguesa ENC Energy e as suas oito térmicas. A aquisição e a adaptação das usinas para a produção do combustível renovável vão custar R$ 600 milhões, que serão investidos até 2026.


"As indústrias que exportam bens, especialmente para a Europa, vêm sendo cobradas pela redução da emissão de carbono. O biometano é estratégico na competitividade internacional da indústria brasileira", afirmou a sócia-fundadora da consultoria Amplum Biogás, especializada na área, Leidiane Ferronato Mariani.


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