A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Porto Alegre será suspensa por 12 dias, a partir desta sexta-feira, 31, por acordo firmado entre representantes da categoria e das empresas do setor em audiência promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho nesta quinta-feira, 30.
Os trabalhadores prometeram colocar 50% da frota em circulação nesta sexta-feira e 100% a partir de sábado. Por enquanto eles vão receber acréscimo de R$ 1 no vale-alimentação e manutenção do subsídio do plano de saúde. Durante a trégua, seguirão negociando o reajuste salarial, que ficará entre os 14% que querem e os 5,5% oferecidos pelas empresas.
A suspensão da greve deve acabar com uma semana de transtornos para a população da capital gaúcha. Na segunda-feira e na terça-feira apenas 30% dos ônibus foram para as ruas. Na quarta-feira a paralisação foi total. Nesta quinta-feira cerca de 200 ônibus que atendem a zona leste da cidade circularam até a metade da tarde, quando voltaram às garagens. A decisão de recolher os veículos foi tomada pelas empresas e pelos trabalhadores depois de um ônibus ter sido danificado por uma bomba de fabricação caseira quando estava estacionado, vazio, em uma parada de fim de linha. O artefato foi deixado no interior do veículo e acabou provocando um incêndio, que foi controlado pelo motorista e o cobrador. Ao longo do dia, outros 20 ônibus foram atingidos por pedras atiradas por desconhecidos. Alguns tiveram seus vidros quebrados.
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A falta de ônibus obrigou a população a espera de até algumas horas nas paradas. Os micro-ônibus que fazem transporte seletivo foram autorizados a levar passageiros em pé e ficaram superlotados. Quem não conseguiu embarcar recorreu à carona e aos táxis, ou desistiu de ir às atividades do dia. O comércio abriu, mas os lojistas reclamaram da redução do movimento.