Pelo menos 59 cidades paranaenses teriam aplicado doses vencidas da vacina AstraZeneca, contra a Covid-19, segundo levantamento divulgado com exclusividade pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (2). De acordo com a reportagem, Maringá, no Norte paranaense, foi o município com maior número de vacinas fora do prazo de validade no Brasil, chegando a 3.536 doses. A Prefeitura de Maringá nega o ocorrido e diz que há desencontro entre o envio e o recebimento do registro de vacinas aplicadas no município.
A reportagem da Folha de S. Paulo indica que, pelo menos, 26 mil doses vencidas teriam sido aplicadas em todo o País. No Paraná, foram 4.060 pessoas vacinadas após a data de vencimento dos imunizantes.
Os dados foram extraídos de registros oficiais do Ministério da Saúde, comparando informações de aplicações constantes no DataSus e em informações do Sage (Sala de Apoio à Gestão Estratégica), que registra os comprovantes de entrega dos imunizantes contra Covid-19 por estado, com informações públicas sobre o número do lote vacinal, a data de validade, o fabricante e a data de entrega.
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Depois de Maringá, a segunda cidade no Brasil com o maior registro de vacinação com doses vencidas é Belém (PA), com 2.673, São Paulo (SP), com 996, Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador (BA), com 824.
Ainda de acordo com a reportagem, todas as vacinas vencidas aplicadas seriam da AstraZeneca e referem-se apenas à primeira dose. Dos lotes citados pelo jornal paulistano, o Paraná recebeu apenas dois, segundo a Sesa (Secretaria Estadual de Saúde): 4120Z005 e CTMAV520, mas a pasta também diz, em nota oficial, que não houve entrega aos municípios ou aplicação fora da data de validade.
Das 59 cidades paranaenses, 12 constam com mais de 10 doses vencidas aplicadas. Do outro lado, 32 delas constam com apenas uma dose vencida aplicada.
Para Londrina constam duas doses vencidas aplicadas. Em manifestação oficial, a Prefeitura de Londrina negou que alguém tenha recebido doses fora da data de validade. "Em análise com os técnicos da secretaria, foi constatado que os dois casos que motivaram a inclusão da cidade na matéria, foi devido a um erro digitação interno do número do lote para o sistema do Ministério da Saúde”, diz o informativo.
Leia a notícia completa na Folha de Londrina
O que fazer caso tenha recebido vacina contra a Covid-19 vencida