A Polícia Federal (PF) admitiu a morte do índio na manhã da quarta-feira (7), mas aguarda resultado de exames para saber a causa morte. Só depois desta confirmação é que a PF poderá dar mais informações e investigar o que realmente aconteceu, informou a assessoria de imprensa de órgão. O índio Adenílson Crixi, 28, foi morto na Aldeia Teles Pires, na região de Alta Floresta (812 km de Cuiabá), durante ação da PF que deixou o saldo de um morto, quatro pessoas feridas e índios desaparecidos. O corpo foi encontrado na quinta-feira com marcas de três tiros.
A superintendência da PF deve instaurar inquérito para saber se houve excesso durante a ação que fazia parte da Operação Eldorado, que foi desencadeada em Mato Grosso e outros seis Estados para acabar com extração ilegal de ouro em terras indígenas dos Kayabi e Munduruku. Depois do confronto, a operação foi suspensa por tempo indeterminado.
Em nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai) esclarece que designou dois servidores para acompanhar as ações e acompanhar a situação e aguarda a investigação da causa do óbito pelos órgãos competentes, ao mesmo tempo em que presta a assistência necessária aos indígenas envolvidos no episódio. O Ministério Público Federal do Pará quer saber sobre a situação na região, e quais providências foram adotadas pela (Funai) e a PF.