A Polícia Federal encaminhou nesta terça-feira (15), os relatórios finais referentes aos quatro inquéritos que compõem a Operação Lava Jato, deflagrada em 17 de março, com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam no mercado clandestino de câmbio no Brasil. A elaboração dos relatórios finais neste momento decorre do término do prazo legal para a conclusão da investigação, diante da existência de indiciados presos.
Cada inquérito policial investigou a atuação de uma dessas quatro organizações criminosas, que eram lideradas por doleiros. Esses grupos, embora fossem independentes entre si, possuíam negócios em comum relacionados à lavagem de dinheiro.
Ao todo, a PF indiciou 46 pessoas pelos seguintes crimes: formação de organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional (operar instituições de câmbio sem autorização, falsa identidade em contrato de câmbio e evasão de divisas), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Dois doleiros também foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas, diante de indícios da ligação deles com traficantes.
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Foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva, 12 de prisão temporária e 27 conduções coercitivas. A Justiça Federal autorizou o sequestro de três hotéis e seis residências de alto padrão. Foram apreendidos 25 veículos com valores de mercado superior a R$ 100 mil cada. Aproximadamente R$ 6 milhões foram apreendidos em espécie, além de centenas de joias e várias obras de arte, que serão destinadas esta semana ao Museu Oscar Niemeyer para custódia.
Atualmente, 15 pessoas permanecem presas, sendo 14 em Curitiba/PR e uma em São Paulo/SP. Há duas pessoas foragidas.
A PF poderá apresentar complementos aos relatórios finais, a partir do estudo do material aprendido ainda não analisado, o que pode acarretar investigações autônomas dos seguintes crimes: fraude em licitação, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.