Um homem, suspeito da autoria do maior vazamento de dados no Brasil, foi detido nesta sexta-feira (19) no município mineiro de Uberlândia. A Operação Deepwater, da Polícia Federal (PF), investiga o comércio e divulgação e dados de cidadãos brasileiros, inclusive de diversas autoridades.
As investigações revelaram que diversas informações de pessoas físicas e jurídicas foram ilicitamente disponibilizados nas plataformas digitais.
As informações poderiam ser adquiridas por meio do pagamento em criptomoedas. O megavazamento de dados foi revelado pelo Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe.
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Foram comercializados, em fóruns digitais, mais de 223 milhões de CPFs, além de informações detalhadas como nomes, endereços, renda, imposto de renda, fotos, beneficiários do Bolsa Família e scores de crédito.
"Após diversas diligências, a Polícia Federal identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker, que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais”, disse a Polícia Federal, em nota. A identidade do detido ainda não foi revelada.
No total, os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nos municípios de Petrolina (PE). As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).