O risco de conflitos graves levou a Polícia Federal a deflagrar, nesta quinta-feira (16), a Operação Brejo dos Crioulos na área quilombola de mesmo nome no norte de Minas. O objetivo era apreender armas e munição e prender pistoleiros que estariam sendo contratados por fazendeiros que devem ter as terras na área desapropriadas.
A operação foi coordenada pela PF em Montes Claros e foi desencadeada nos municípios de Varzelândia, Verdelândia e São João da Ponte. Agentes da Polícia Federal já fizeram duas operações na região, em 2007 e 2009, e, segundo a instituição, "em ambas foram encontradas várias armas e munições nas fazendas".
Ainda segundo a PF, investigações indicaram o risco de acirramento dos conflitos desde setembro do ano passado, quando a presidente Dilma Roussef assinou decreto reconhecendo a área como território quilombola. Isto deu início aos procedimentos que vão levar à desapropriação das fazendas, hoje sob responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
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Os conflitos na região são acompanhados por várias entidades, que já denunciaram casos de violência e ameaças contra os quilombolas por parte de fazendeiros. Segundo a PF, as pessoas flagradas durante a operação podem ser condenadas a até sete anos de prisão por porte ou posse ilegal de armas.