A Polícia Militar do Distrito Federal desativou ao menos oito explosivos encontrados na região da praça dos Três Poderes, em Brasília, durante a madrugada e manhã desta quinta-feira (14).
A corporação informou inicialmente que seriam quatro artefatos, mas o trabalho seguiu ao longo da manhã, com os estampidos sendo ouvidos em alguns pontos da Praça dos Três Poderes.
Em um dos casos, na área do estacionamento do anexo 4 da Câmara dos Deputados, foi preciso detonar o artefato. O barulho inicialmente causou apreensão em quem estava na região.
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Outros três artefatos conseguiram ser desativados. Dois deles estavam no cinto de Francisco Wanderley Luiz, que morreu após se explodir no dia anterior pelo acionamento de uma bomba em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), e outro perto de seu corpo.
Um vídeo do circuito de segurança do STF mostra a ação do homem que detonou explosivos em frente à sede da corte.
"O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PMDF ainda está desativando os artefatos explosivos que estão sendo encontrados na área. Desativando um a um, sendo criterioso na preservação dos vestígios, para que a investigação possa ter materiais em busca de outros possíveis autores", disse a PM do DF, em nota.
A varredura ainda é feita por policiais militares na Esplanada dos Ministérios e adjacências. O STF também passa por uma investigação sobre possíveis riscos durante a manhã desta quinta, com entrada ao prédio proibida.
O corpo de Francisco seguiu na praça dos Três Poderes no começo da manhã e foi removido pouco após as 9h. O Bope dizia esperar garantir a desativação de todos os artefatos suspeitos próximos ao corpo dele para retirá-lo do local.
O homem que se explodiu na praça dos Três Poderes, em Brasília, e que detonou o próprio carro a cerca de 300 metros da Esplanada dos Ministérios já foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina e esteve no STF (Supremo Tribunal Federal) em agosto.
Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e disputou a eleição de 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.
De madrugada, um imóvel em Ceilândia, região administrativa de Brasília, foi alvo de buscas e de varredura por ser ligado a Francisco. O boletim de ocorrência sobre a explosão no STF indica o local como "possível endereço" dele.
Como alguns artefatos suspeitos foram encontrados, o GBE (Grupo Especializado em Bombas e Explosivos) da Polícia Federal foi acionado, com agentes e equipamentos utilizados em casos de ameaças de bomba.
Às 3h, duas pequenas explosões foram ouvidas, seguidas de fumaça vindo do imóvel. Normalmente, essas explosões controladas são utilizadas para inviabilizar o possível artefato explosivo.
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