O policial militar com problemas psiquiátricos que subiu em uma torre de sinalização do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, continuava internado no Hospital São Paulo por volta das 12 horas desta sábado, sem previsão de alta. O incidente ocorreu perto das 16h30 desta sexta-feira e provocou a interrupção dos voos do terminal por uma hora e meia e a interdição da Avenida Washington Luiz.
O PM, que não teve a identidade revelada, foi socorrido duas horas e meia depois de subir na torre pelos bombeiros. No aeroporto, o movimento de aterrissagem foi suspenso às 17h37 e só liberado às 19 horas.
De acordo com a Infraero, 11 voos foram desviados para os Aeroportos Internacional de São Paulo, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; e Santos Dumont e Tom Jobim, no Rio. Sete voos (3,8%) foram cancelados. Neste sábado, a situação era normal.
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A torre onde o PM subiu contém luzes que são usadas à noite e nos dias de chuva para ajudar na orientação dos pilotos. As decolagens, que nesta sexta-feira estavam sendo feitas na cabeceira oposta da pista, não foram afetadas.
O policial militar está lotado no 46.º Batalhão, no Ipiranga, na zona sul. Tem 29 anos, é casado, pai de três filhos e está há 9 anos na corporação, segundo a Polícia Militar. Em nota oficial, a PM diz que ele já teve "várias passagens" por tratamento psiquiátrico e relaciona o incidente ao fato de ele ter sido transferido para atividades internas depois da alta médica.
"Descontente com a decisão, envolveu-se naquela crise, sendo demovido de continuar com aquela atitude por policiais do batalhão da área e do Corpo de Bombeiros", cita o comunicado.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia do Aeroporto, enquanto estava na torre, o policial chegou a disparar fogos de artifício contra os policiais que tentavam resgatá-lo, sem atingir ninguém. Ainda de acordo com o boletim, ele estava fardado e com uma corda no pescoço.
Com ele, foram apreendidos uma faca, quatro rojões, duas bombas prensadas, um facão e um estilete, entre outros objetos. O caso foi registrado como crime contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal. A pena prevista varia de 2 a 5 anos de reclusão.