As forças de segurança do Amazonas recapturaram 63 foragidos das unidades do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), em Manaus. A fuga dos presos ocorreu entre domingo (1º) e segunda-feira (2), durante rebelião e confrontos entre facções criminosas dentro de unidades prisionais, que resultaram em 60 mortes. Ao todo 118 presos escaparam de unidades prisionais, sendo 112 do Compaj.
O comitê montado pelo governo estadual informou também que foram transferidos detentos para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CPDRVP), no centro de Manaus. A CPDRVP foi desativada em outubro de 2016, mas precisou ser utilizada para abrigar presos que não possuíam convívio social com a massa carcerária de suas respectivas unidades, e estavam recebendo ameaças. Atualmente, a unidade abriga 279 internos.
Liberação dos corpos
Leia mais:
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE
Candidatos incluídos no Concurso Nacional Unificado devem enviar títulos até esta quinta-feira
The Town terá Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Pitty em noite do rock em 2025
Segundo os órgãos do Sistema de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do estado, dos 60 detentos mortos, 39 foram identificados e 14 corpos foram liberados às famílias pelo Instituto Médico Legal (IML). A maioria dos corpos já reconhecidos está degolada. Inicialmente, o Departamento de Polícia Técnico-Científica estimou que todo o processo de identificação poderia levar até um mês. Como o IML de Manaus não dispõe das condições necessárias para preservar todos os corpos, o governo estadual anunciou a intenção de alugar um contêiner frigorífico.
Além das 56 mortes no Compaj, outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. Os assassinatos no Puraquequara ocorreram na tarde de segunda-feira (2), horas após o fim da rebelião no Compaj.