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Por dentro e por fora - Vandalismo e problemas estruturais detonam Centro Cultural da ZN

25 jul 2018 às 21:44

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Com quase 15 anos de existência, o prédio do Centro Cultural da Região Norte, que abrigava o antigo supermercado Basseto, nunca passou por uma grande reforma estrutural depois de inaugurado, apenas nas partes elétricas e hidráulicas. E os problemas ficam em evidência dentro e fora do local. Atualmente, detêm a cessão do espaço a Biblioteca Lupércio Luppi, a Escola de Circo de Londrina e a Casa de Talentos.
A presidente da Associação Cristã de Mulheres In Casa de Talentos, Gislaine Dias Elias, conta que a entidade - que trabalha com as oficinas de Arte, Corte e Costura, Cabeleireiro e mantém um bazar -, está no local há três anos e conta que o complexo estava na mesma situação estrutural quando chegaram. "Nós precisávamos muito do espaço e, quando conseguimos a concessão, nos instalamos aqui desse jeito mesmo. Não atrapalha nosso trabalho, mas sabemos que aqui precisa ser reformado" disse, apontando para o forro e a parede comprometidos.
Antes da Associação, o complexo abrigava aulas de balé da Funcart. Luciana Lupi, coordenadora da Escola Municipal de Dança, relata que no período de chuva as goteiras atrapalhavam o andamento das aulas. "É necessário uma reforma. Quando estávamos lá, sempre ‘tapamos os buracos’ com as manutenções, mas os problemas foram se agravando e chegou uma hora que não deu mais. Tivemos que liberar o espaço porque as chuvas prejudicavam as alunas", expôs.
Coordenador da Escola de Circo, do outro lado do complexo, Paulo Líbano também mostra outro lado fora do Centro: o vandalismo. "No local, a Secretaria de Cultura fez algumas pequenas reformas, adequações. Mas o que pega é a segurança. Menos de um ano atrás tínhamos um Guarda Municipal fixo por aqui. Hoje não temos mais. À noite vem grupos e sobem no telhado e estragam, e quem sofre é quem utiliza", dispara. "O Município arruma (o telhado) de manhã e o povo estraga de noite", desabafa Gislaine.
O Secretário Municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, confirmou que no antigo método eram utilizados guardas fixos. "O último contrato de vigilância da Guarda foi em 2016. Quando assumimos, mudamos alguns procedimentos. Hoje a Guarda trabalha apenas com patrulhamento. Devido à criminalidade, não é recomendado deixar um guarda fixo. Ele fica à mercê da bandidagem. Todo mundo me pede, mas não coloco mais (fixos). Nossos guardas são patrulheiros e não vigilantes", pontua. Kuceki finaliza dizendo que é importante que qualquer ocorrência em prédios públicos, os moradores acionem a Guarda Municipal pelo telefone 153. (Edson Neves/NOSSODIA)


Centro deverá ser reformado
O secretário municipal de Cultura, Caio Cesaro, informou ao NOSSODIA que o Centro Cultural Zona Norte está na pauta dos prédios a serem reformados. "A Prefeitura fez um levantamento e apontou que aquele local é uma das prioridades para reforma. Até mesmo quando o próprio município pegou o prédio, já demonstrava essa necessidade. O Centro precisa ser avaliado do que precisa ser feito, depois orçada a obra e feitos os projetos arquitetônicos. Estamos iniciando os trabalhos e buscando recursos de diversas fontes", afirmou. (E.N.)

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