A Polícia Civil de São Paulo prendeu na noite da última terça-feira (5) o homem responsável por planejar, articular e executar a invasão e o roubo a uma agência bancária do Itaú na avenida Paulista, em 2011. O crime é considerado um dos maiores roubos a banco no Brasil.
Condenado no último dia 25 de outubro pela Justiça a 18 anos e oito meses de prisão, João Paulo dos Santos, de 35 anos, foi capturado por investigadores no Bom Retiro, na área central da cidade. Investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) faziam campana na região quando identificaram o assaltante.
De acordo com o diretor do Deic, Wagner Giudice, o valor do roubo foi estimado em R$ 250 milhões. Na sentença da 4ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda que condenou João Paulo, o juiz cita o roubo como um dos maiores delito contra uma instituição financeira na história do país, superando, inclusive, o assalto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, quando foi levada a quantia de R$ 164.755.150.
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Chefe da quadrilha
Apontado pelas investigações da Polícia Civil como o líder do bando, o homem já tinha passagem por outro roubo e também por formação de quadrilha.
"O rapaz foi condenado a seis anos de reclusão em 2003", contou Giudice. Cumprida a pena, ele passou a morar na região da Pompéia, na zona oeste de São Paulo. Ele será transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP).
Assalto ao banco
O assalto a uma agência bancária na avenida Paulista há dois anos teve enredo digno de cinema. "Cerca de vinte homens entraram no banco para cometer o crime", recorda Giudice. A quadrilha invadiu o estabelecimento na noite de sexta-feira (26 de agosto de 2011) e só saiu de lá no domingo (28).
Do total da quadrilha, 13 homens foram identificados – destes, seis já estão presos, incluindo o líder. A partir das imagens de segurança, foram identificados os criminosos e funcionários do banco que facilitaram a entrada e passaram dados internos da agência.
Segundo o delegado Antonio de Olim, titular da Divisão de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio do Deic, os suspeitos abriram 170 cofres dos 400 existentes no local. "Os presos disseram que não houve tempo suficiente para esvaziar todos", disse. Dentro desses cofres estavam guardados dinheiro e joias.