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Desastre ambiental

Samarco só deve voltar a operar em Mariana depois de fevereiro

Redação Bonde
01 dez 2015 às 18:03

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- Divulgação
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A Samarco só conseguirá voltar a operar a unidade de Mariana, cuja represa de rejeitos de minério de ferro se rompeu no dia 5 de novembro, depois de fevereiro do ano que vem, conforme informações do diretor de Fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) Walter Lins Arcoverde.

Arcoverde participou nesta terça, 1, de sessão da comissão extraordinária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em Belo Horizonte para discutir a queda da represa da mineradora. O tempo foi previsto com base em obras que precisariam ser feitas no complexo depois do desastre ambiental.

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Apesar dos cálculos, o diretor do DNPM afirmou que, até o momento, a empresa não se movimentou no sentido de iniciar um processo de retorno da produção em Mariana. Segundo o relator da comissão extraordinária, deputado Rogério Correia (PT), existem dúvidas sobre se a Samarco teria interesse em voltar a operar em Mariana. Até as 17 horas, a empresa não havia retornado contato feito pela reportagem sobre a sessão da comissão extraordinária da Assembleia.

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Segundo Arcoverde, para a retomada da unidade é preciso outra estrutura de engenharia. "A barragem de Fundão desceu. Vai demorar muito tempo. Em Itabirito, onde houve acidente dessa natureza em menor escala, a unidade está parada até hoje", afirmou o diretor, se referindo à queda de represa de rejeitos de minério de ferro da empresa Herculano, há aproximadamente um ano e dois meses. Em Itabirito, que fica a 55 quilômetros de Belo Horizonte, morreram três operários da mineradora.

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Contrato


Ainda conforme Arcoverde, toda a estrutura da Samarco em Mariana, e também a mina de Alegria, da Vale, uma das donas da Samarco, serão vistoriadas nos próximos dias. De acordo com o diretor, o tubo que leva minério de ferro de Alegria para Fundão, conforme acordo entre as duas empresas, já foi identificado. Segundo Rogério Correia, a comissão agora quer saber se o material enviado pela Vale correspondia realmente aos 5% da capacidade de Fundão conforme informado pela Samarco. "Quem garante que não era muito mais que isso?", questionou.


Segundo Arcoverde, nos arquivos do DNPM não constam informações sobre a utilização, pela Vale, da mina de rejeitos de minério de ferro da Samarco.

O subsecretário de Controle e Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Geraldo Abreu, disse que o retorno das atividades em Mariana poderia ocorrer caso a Samarco tocasse a construção da barragem de Mirandinha, prevista para a região. No entanto, depois do acidente no município, a tendência é que esse tipo de empreendimento tenha o formato rediscutido no Estado.


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