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"Não admitiu e nem negou"

Suspeito de acender rojão que matou cinegrafista só fala em juízo

Agência Brasil
12 fev 2014 às 13:51

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- Tânia Rego/Agência Brasil
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O suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade se recusou a falar com a polícia. Em entrevista hoje (12), o delegado responsável pelo caso, Maurício Luciano, disse que Caio Silva de Souza manteve o posicionamento de só falar em juízo.

"Ele não admitiu e nem negou", disse Luciano, acrescentando que, apesar disso, o inquérito já está quase concluído e há provas suficientes de que Caio acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista. "As provas são contundentes e não deixam margens a dúvidas. A confissão seria apenas para corroborar", disse ele, complementando que vídeos da manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no município do Rio, ocorrida na semana passada, mostram que Caio usava a mesma roupa que o homem que acendeu o artefato.

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O delegado garantiu ainda que há a prova testemunhal do jovem Fábio Raposo, que já teria confessado à polícia que entregou o rojão para Caio.

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Para a conclusão do inquérito, faltam apenas os laudos periciais e o depoimento de um colega de trabalho de Caio. O delegado Maurício Luciano disse que os autos deverão ser entregues à Justiça até a próxima sexta-feira (14).

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Caio foi preso na madrugada de hoje, em uma pousada em Feira de Santana, no interior da Bahia. Segundo o delegado, a fuga de Caio começou na segunda-feira (10), quando ele saiu de sua casa, na Baixada Fluminense, e embarcou em um ônibus com destino à cidade de Ipu, no Ceará, onde moram seus avós paternos.


Na entrevista coletiva, que durou cerca de uma hora e teve a participação do chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Velloso, o delegado contou que o advogado Jonas Tadeu, que representa Caio Silva de Souza, o convenceu a desistir da fuga e se hospedar em um hotel em Feira de Santana para que a polícia pudesse localizá-lo. O delegado foi ao local junto com o advogado e a namorada do rapaz. Antes da prisão, a namorada ainda entrou no quarto para acalmá-lo.

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"Ele estava acuado e assustado em um quarto muito pequeno. Ele disse que não comia há dois dias e não reagiu à prisão". O delegado disse ainda que a família de Caio é muito pobre e que ele se preocupa com a mãe, que está desempregada.


O chefe da Polícia Civil, Fernando Velloso, disse que não é possível provar, por enquanto, a ligação de Caio e Fábio com qualquer grupo criminoso ou político, mas que investigações estão sendo feitas nesse sentido.

Depois de passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, Caio será encaminhado para o sistema prisional do estado. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso qualificado, por uso de explosivo e explosão em via pública. Se for condenado, a pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.


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