Brasil

Terceirizada do lixo vai pedir apoio policial para retomar coleta em Londrina

05 out 2017 às 11:05

Depois de ser impedida de realizar a coleta de lixo domiciliar e orgânico na noite desta quarta-feira (4), mesmo com decisão judicial que proibia a paralisação dos lixeiros, a Kurica Ambiental, empresa terceirizada responsável pela destinação do lixo doméstico em Londrina vai pedir na justiça reforço policial para garantir os trabalhos a partir de hoje. Camillo Vianna, do departamento jurídico da empresa, também afirma que já está em andamento um processo seletivo para substituir os funcionários que impedem a saída dos caminhões.

Os colaboradores decidiram cruzar os braços na noite de segunda-feira (2), em protesto à demissão de um motorista. Londrina está sem coleta desde então - o acúmulo de lixo já chega a 800 toneladas, estima o diretor de operações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Onivaldo Moreno.


Na tarde desta quarta (4), a Justiça Trabalhista concedeu interdito proibitório que impede a paralisação dos trabalhadores e ainda aplica multa diária de R$ 50 mil para cinco dos manifestantes, considerados os cabeças da paralisação, e para o Siemaco, sindicato da categoria. Mesmo assim, houve piquete em frente à garagem dos caminhões, que foram impedidos de sair com funcionários trazidos de outras bases da empresa para executar o serviço emergencial.


Camillo Vianna afirma que, além de pedir reforço policial para que os caminhões possam sair, a empresa também vai pedir o aumento da multa e o enquadramento dos trabalhadores em desobediência, já que não cumpriram o mandado judicial. Ele também adianta que haverá demissões. "Serão tantas quantas necessárias. Nós temos 140 funcionários no setor, mas é um número pequeno que está agitando", diz.


Onivaldo Moreno afirma que a empresa já foi notificada pelos dias em que o serviço não foi prestado, mas que multas serão aplicadas pelo departamento jurídico da CMTU. "Eles [empresa] terão a oportunidade de se defender. Mas estamos acompanhando a situação e vimos que estão sendo impedidos de realizar a coleta", afirma.

O Bonde tentou contato com a presidente do Siemaco, Izabel Aparecida de Souza, mas ela não atendeu a ligação.


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