As três sobreviventes do caso de estupro coletivo em Castelo do Piauí foram ouvidas hoje (25) pela Justiça. Segundo o promotor do caso, Cesário Cavalcante, a audiência foi realizada na 2ª Vara da Infância e Juventude de Teresina, onde estão as três meninas.
Segundo o promotor, as meninas não têm conhecimento de toda extensão dos fatos. "Mas, dentro dos limites delas, da forma em que se encontram, foi muito proveitosa a audiência, as declarações delas."
No total, a sessão durou aproximadamente duas horas e meia. Uma das meninas, que ainda está internada, também compareceu. As três estavam acompanhadas dos pais e, de acordo com o promotor, ainda estão muito afetadas.
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Cavalcante explicou que, com as declarações de hoje, ficam encerradas as audiências sobre o caso. "Agora, a próxima fase é a das alegações finais. Vamos fazer um levantamento de tudo, dos depoimentos, dos laudos, para ver se provam que eles [os supeitos] são os autores dos crimes."
Depois dessa fase, o processo será encaminhado ao juiz. Caso seja comprovada a participação do adulto, o promotor pedirá que ele seja pronunciado e encaminhado para julgamento no tribunal do júri. No caso dos menores [se for confirmada a participação deles], será pedida internação para cumprimento de medida socioeducativa. "Se ficar provado tudo que narrei na minha representação, vou pedir para o juiz determinar a internação definitiva dos menores, porque eles, atualmente, estão internados provisoriamente, por 45 dias", informou o promotor.
Segundo ele, a jovem agredida que ainda está no hospital deve receber alta em breve. Ele disse que as meninas estão sendo acompanhadas por psicólogos e que estão reagindo positivamente.
De acordo com a Polícia Civil, os crimes ocorreram no dia 27 de maio, em Castelo do Piauí, a 190 quilômetros da capital, Teresina. As quatro garotas, com idades entre 15 anos e 17 anos, foram encontradas violentadas e desacordadas. No último dia 7, uma das jovens violentadas, de 17 anos, morreu em decorrência de esmagamento da face e de lesões no pescoço e no tórax.
As investigações indicaram que elas foram estupradas, agredidas e arremessadas do alto de um penhasco. Quatro menores foram apreendidos e um adulto preso, suspeitos de envolvimento no crime.