A CML (Câmara Municipal de Londrina) deverá intensificar nos próximos dias a fiscalização dos imóveis públicos abandonados em Londrina, por meio da Comissão de Administração, Serviços Públicos, Fiscalização e Transparência. A FOLHA mostrou que a antiga Casa da Mulher, na zona leste, e o Centro de Ginástica Artística Alceu Malucelli, na região central, estão esquecidos há mais de uma década e não têm uso previsto pelo poder público.
Conforme apurou a reportagem, os vereadores deverão vistoriar os dois espaços e o imóvel na avenida Leste-Oeste que abrigou o antigo Centro de Saúde Especial Bárbara Daher, também fechado há muitos anos e tomado por pessoas em situação de rua e usuários de drogas. Em entrevista à FOLHA, o vereador Chavão (Republicanos), presidente da Comissão, garantiu que vai dialogar com seus colegas e cobrar o Executivo.
“Na antiga Casa da Mulher está uma situação bem precária. Alguns munícipes entraram em contato para que a gente passe por lá, porque é lamentável, uma situação de abandono. Os moradores de rua estão tomando posse daquele espaço”, afirma Chavão.
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O terreno na zona leste tem duas casas, sendo uma datada de 1956 e outra da década de 1960. O Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) reforçou, em mais de uma oportunidade, que as residências são representativas das propriedades cafeeiras da região e que têm importância histórica. Elas pertenciam a uma família de imigrantes japoneses e não estão inventariadas nem tombadas.
No entendimento do parlamentar, a Prefeitura de Londrina pode encontrar uso para os imóveis públicos abandonados. Hoje, não há destinação prevista para nenhum dos três mocós no radar do Legislativo - como sinalizou a Prefeitura à FOLHA e também em respostas a diversos pedidos de informação feitos pelo Legislativo.
“Vamos entrar em contato com o Executivo para marcar uma reunião e ver de que maneira podemos ocupar aqueles espaços, além de cobrar providências do Executivo o mais rápido possível, porque a população está cobrando”, acrescenta o vereador. “O mocó surge porque não tem ocupação. Temos que estreitar essa conversa e acelerar esse passo.”
Fiscalização
Após reportagem publicada pela FOLHA, a Prefeitura enviou na manhã desta terça-feira (17) um fiscal da DGBM (Diretoria de Gestão de Bens Municipais) para vistoriar as residências que já abrigaram a Casa da Mulher.
“Diante dos problemas encontrados no local, entre eles o acúmulo de lixo dentro do terreno e ausência de portão, [a DGBM] vai pedir prioridade à Gerência de Acompanhamento de Edificações Públicas da Secretaria de Obras para que seja feito o fechamento do imóvel e, com isso, tentar impedir a entrada de estranhos no local”, diz em nota a administração, que acrescenta que não foram encontrados “problemas aparentes” na estrutura das edificações.
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