A América Latina Logística (ALL), concessionária de boa parte das ferrovias que cortam o Paraná, terá que se explicar diante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que fiscaliza as concessões em todo o País, sob o risco de até perder a concessão. A empresa está sendo acusada pelo governo do Estado de abuso de poder. No início desse mês, a ALL impediu que vagões da Ferropar circulassem pela malha que administra.
A ALL tem a concessão da malha ferroviária que pertencia a Rede Ferroviária, ou seja, a malha federal. Já a Ferropar assumiu a malha estadual da ferrovia, que se limita a um trecho de aproximadamente 250 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava.
Segundo o presidente da Ferroeste (órgão do governo do Estado que tem gerência sobre a Ferropar), José Araudo Carneiro Lobo, a proibição teria sido causada porque a ALL discorda do percentual de divisão dos valores de frete. Quando duas empresas compartilham a linha, existe uma fórmula estabelecida em contrato para dividir o lucro.
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Ao constatar as denúncias, a ANTT convocou a direção da ALL para prestar os esclarecimentos necessários com o objetivo de verificar a prática de abuso do poder econômico, assim como a regularização do tráfego na região. Caso a concessionária não adote as providências que vierem a ser estabelecidas pela agência, será instaurado processo administrativo que poderá resultar na declaração de caducidade do contrato.
A ALL emitiu nota oficial nesta segunda-feira dizendo que proibiu o tráfego dos vagões da Ferropar por causa da falta de pagamento. Na nota, a ALL alega que ''existem pendências desde 1999 que ainda não foram solucionadas, havendo total descumprimento do contrato''. Tanto a presidência da Ferroeste quanto a presidência da Ferropar negam que haja algum pagamento pendente. A ALL, no entanto, reforça seu argumento informando que o fornecimento do material rodante voltou a ser fornecido para a Ferropar depois que essa empresa fez parte do pagamento atrasado.
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