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Arapongas lidera produção de ovos no Paraná e posiciona estado em segundo lugar nacional

Redação Bonde com AEN
10 mai 2021 às 10:52
- Gilson Abreu/AEN
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Por trás daquela bandeja com 30 ovos, invariavelmente acomodada em uma ponta de gôndola do supermercado, há muito trabalho. Empenho como o da família Cortez, de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina). Em diferentes gerações, costumam dizer que estão há "uma vida” na avicultura.


Os dados de 2020 sobre a produção de ovos, elaborados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o Paraná subiu para a segunda colocação no ranking nacional, com 360,64 milhões de dúzias produzidas, 3,3% a mais do que em 2019. São Paulo lidera com 1,14 bilhão de dúzias produzidas – Espírito Santo (359,802 milhões de dúzias), Minas Gerais (351,277 milhões) e Rio Grande do Sul (279,617 milhões) aparecem na sequência.

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"São 53 anos na atividade. Um trabalho delicado, que requer muita atenção. Eu nasci aqui, na granja, e dei continuidade ao trabalho do meu pai. É um caso de amor com os ovos, com o Paraná e com o País”, afirma Dirceu Pontalti Cortez, sócio-proprietário da Granja Feliz.

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A granja é um dos tantos polos da avicultura espelhados pela cidade. De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a produção de ovos de galinha para consumo participou em 2019 com 4,3% do VPB (Valor Bruto de Produção) de todo o núcleo de Apucarana, com concentração justamente em Arapongas.

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O município lidera tanto em volume quanto em faturamento no Paraná. Produziu 40.106.700 dúzias em 2019, com valor agregado de R$ 100.266.700,00.


Exportação: Roberto de Andrade Silva, técnico do Deral, explica que o Brasil ainda exporta poucos ovos – mais de 98% da produção são voltados para o mercado interno (consumo in natura, indústria alimentícia, consumo institucional).

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Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a pandemia de Covid-19 influenciou de maneira negativa os volumes embarcados. "Os Emirados Árabes Unidos, um dos principais destinos do produto brasileiro, sofreu reduções drásticas em seu turismo por causa do vírus, o que resultou na diminuição da demanda por ovos, consequentemente, das importações do produto brasileiro”, destaca Silva.


Insumos: O mercado externo é parte da preocupação na granja dos Cortez. O dólar alto fez com que a exportação de milho e soja, base da ração das galinhas poedeiras, ficasse mais atrativa, abalando o mercado interno. Custo mais elevado dos insumos repassado em parte para o consumidor final, lá na ponta da gôndola. "Mexeu com o setor como um todo”, diz.

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Em fevereiro, o preço dos ovos apresentou expressivas altas em todos os níveis do mercado paranaense: produtor, atacado e varejo. Em relação ao preço pago ao avicultor, o aumento foi de 6,6%, em comparação com janeiro de 2021.


Em abril, a caixa do tipo grande, com 30 dúzias, foi vendida, em média, a R$ 117,67. No atacado, o reajuste verificado chegou a 18,8% e a mesma caixa teve preço de R$ 120,41. Já no varejo, a dúzia atingiu o valor de R$ 6,01, alta de 7,3% em relação a janeiro. O levantamento é do Deral.

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Como comparativo, em fevereiro de 2020, um avicultor precisava de 7,9 caixas de 30 dúzias de ovos para adquirir uma tonelada de milho. Em fevereiro de 2021, para ter a mesma quantidade, ele precisa investir 11,4 caixas de ovos, um aumento de 44,3%.


No farelo de soja, a relação é ainda mais forte. De 15,2 caixas necessárias para uma tonelada do produto em 2020, agora é preciso 26,8 caixas, aumento de 76,3%. "Precisamos de apoio para continuarmos a ser competitivos. Somos um segmento importante, que emprega milhares de paranaenses”, ressalta o secretário-executivo da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi), Edson Tsuguio Kakihata.

O setor pede ao Governo Federal a isenção de impostos como PIS e Cofins. A demanda está em análise pelo Ministério da Agricultura.


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