Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Pensão-brotinho

Benefício por morte pode ser cancelado em casos em que há provas de casamento fraudulento

Folhapress
29 mar 2021 às 14:32
- Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


A chamada "pensão-brotinho" está na mira da Justiça e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Nos últimos anos, mudanças na legislação previdenciária têm tornado a liberação da pensão para os mais jovens mais difícil. Mesmo assim, ainda há casos.

Em geral, a "pensão-brotinho" geralmente é "conquistada" por meio de casamentos arranjados, para tentar burlar as regras e conseguir o benefício.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A prática é conhecida por quem atua na área. Pouco antes do seu falecimento, o segurado -em geral de idade avançada- se casa com alguém geralmente muito mais jovem para deixar a pensão por morte. "O amor não tem idade, mas uma diferença de 30, 40 anos pode ser indício de fraude", explica o advogado Rômulo Saraiva. "Há muitos casos de patrão casando com a empregada doméstica ou idoso casando com pessoa muito mais nova sem nunca terem vivido juntos antes."

Leia mais:

Imagem de destaque
Vendas onlines

Shein e Shopee faturaram juntas mais de R$ 35 bilhões no Brasil em 2023, estima BTG

Imagem de destaque
Confira como dar lances

Governo do Paraná leiloa veículos recuperáveis com lances a partir de R$ 1,8 mil

Imagem de destaque
Menos visitantes que em 2023

ExpoLondrina movimenta mais de R$ 1,3 bilhão em dez dias de evento

Imagem de destaque
Fique atento!

Falsos servidores do INSS dão golpe da prova de vida; saiba se proteger


Recentemente, o caso de um juiz de 72 anos que trocou alianças com uma sobrinha 47 anos mais nova foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal). "A corte decidiu pela anulação do benefício e a cobrança de todos os valores pagos indevidamente", diz Saraiva.

Publicidade


Isso porque, como fraude, é um caso de má-fé, e não há limitação de cobrança dos valores apenas relativos aos últimos cinco anos. Assim, o golpe pode sair caro.


De acordo com Saraiva, é normal que a irregularidade chegue até o INSS por meio de denúncia -apesar de ser feito o cruzamento de dados pelo órgão, a eficácia do pente-fino, nesses casos, é rara, afirma.

Publicidade


"Muitas vezes, é gente da família que denuncia na ouvidoria do INSS ou do regime próprio de previdência correspondente", diz. "Também é comum que o INSS descubra a inconsistência ao manusear o processo."


Visando coibir práticas fraudulentas como a "pensão-brotinho", as regras da pensão por morte tiveram alterações significativas nos últimos anos. Em 2015, o benefício deixou de ser vitalício, tornando-se temporário. A duração da pensão passou a ser calculada de acordo com o tempo de união ou casamento.

Publicidade


Também foi instituída a exigência de carência de 18 meses de contribuições do segurado e de 24 meses do casamento ou união.


Com isso, os mecanismos da lei passaram a ser um limitador para casos de casamentos arranjados.

Publicidade


Em 2019, mais mudanças foram implementadas na pensão por morte.


Passaram a ser exigidos documentos mais específicos para comprovar a união estável do casal, de até 24 meses anteriores à morte, não sendo mais admitida prova exclusivamente por meio de testemunhas.

No mesmo ano, em 13 de novembro, a reforma da Previdência chegou trazendo regras mais duras no cálculo da pensão por morte. Entre as mudanças mais drásticas, estão os redutores por dependente e redutores de acúmulo do benefício com aposentadorias.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade