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BNDES financiou quase R$ 1 bi no PR

Carmem Murara - Folha do Paraná
01 dez 2000 às 09:24

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou cerca de 10 mil operações de crédito nos primeiros dez meses deste ano, no Paraná, o que corresponde a quase R$ 1 bilhão destinados principalmente para a indústria. O setor que mais financiou dinheiro foi o de telecomunicações com um total de R$ 243 milhões seguido da indústria automotiva com R$ 170 milhões. A ordem no BNDES, no entanto, é investir, a partir de agora, na liberação de recursos para a área social. A meta é fazer com os projetos sociais cresçam pelo menos 39% nos próximos cinco anos, enquanto que na indústria o aumento é de 4% ao ano.

O presidente do BNDES, Francisco Gross, afirmou ontem que o setor social ficou preterido nos últimos anos. "É a área que tem recebido menos recursos. Por isso é a que mais vai crescer", ressaltou. Sem citar números, Gross disse que não é necessário injetar tanto dinheiro nos projetos sociais para que eles surtam efeito.

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Francisco Gross esteve em Curitiba a convite da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) para dar palestra a empresários. Ele apresentou o potencial que o banco tem para investir. Somente neste ano, o orçamento global da entidade financeira foi de R$ 24 bilhões, sendo que o principal programa, o Finame, teve R$ 6 bilhões. "O Finame tem uma correção de TJLP mais 1% até 3% ao ano", disse o diretor de Crédito do BNDES, Darlan Doria, que acompanhou Gross na visita a Curitiba.

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O presidente do banco afirmou ainda que a meta é impulsionar os financiamentos, fazendo com que a contrapartida dos empresários aumente em 50% nos próximos anos. Para cada um real financiado pelo banco, o empresário colocaria 1,5 real e não apenas um real, como é hoje.

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Francisco Gross disse que outra prioridade é tornar o crédito acessível aos pequenos e médios empresários. Um levantamento feito pela Fiep junto ao posto do BNDES indicou que 80% do crédito liberado foi para as pequenas empresas, disse o presidente da Fiep, José Carlos Gomes Carvalho.


Antes de vir a Curitiba, Gross declarou, no Rio de Janeiro, que o BNDES poderá aumentar seu capital, reduzindo o repasse de dividendos ao Tesouro Nacional. Isso será adotado para que o banco se enquadre nas regras do Conselho Monetário Nacional.

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Privatização


O BNDES retirou de sua lista de prioridades o financiamento da privatização de estatais brasileiras. Segundo o presidente do banco Francisco Gross, a intenção agora é fazer com que os grupos investidores banquem sozinhos a compra das empresas. "O financiamento foi importante no passado, quando o País tinha dificuldades econômicas. Isso mudou", afirmou.


Gross avalia que as empresas interessadas na privatização estão com elevado grau de interesse nos leilões de venda. Por isso, não se faz necessária a presença do BNDES, ao contrário do que ocorreu na privatização do Sistema Telebrás. Quando as teles foram vendidas, a quase totalidade dos consórcios conseguiu dinheiro para a compra tomando empréstimos do banco.

Mas o BNDES continua presente nos processos de privatização, principalmente ajudando os governos federal e estadual a modelarem as estatais para a venda. Segundo Gross, o BNDES vai acompanhar a venda da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Ele disse que, por enquanto, a venda está em compasso de espera. "A Eletrobrás tentou comprar parte das ações, mas esbarrou em questões jurídicas. Não é por aí que caminhará a privatização", afirmou.


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