As concessionárias de pedágios no Paraná registraram prejuízo de 15% nas duas semanas últimas semanas de maio, quando ocorreu a paralisação dos caminhoneiros em todo o país, afirma o diretor regional da ABCR (Associação Brasileira de Concessionária de Rodovias), João Chiminazzo Neto. Ainda de acordo com ele, as companhias que cuidam das rodovias ainda não sabem como serão restituídos pela redução de arrecadação provocada pela proibição da cobrança de pedágio por eixos levantados de veículos de carga.
A suspensão da cobrança por eixos levantados é uma determinação constante na Lei Federal 13.103/2015, que regulamenta a profissão de motorista, mas que não era cumprida – no mesmo ano, a Agepar (Agência Reguladora do Paraná) emitiu recomendação que desautorizada a não cobrança, argumentando que teria impacto no reajuste anual da tarifa. O cumprimento foi determinado pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), após acordo com a categoria para finalizar a paralisação, e passou a valer em 28 de maio.
Chiminazzo afirma que o Paraná foi o primeiro Estado a cumprir a determinação federal, mas que a compensação ainda não está definida. "Nós estamos discutindo como será feita, porque já houve argumentos que seria cobrado do governo federal,mas ainda estamos cobrando do poder concedente como será executado", diz.
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Carlos Dellarosa, presidente do sindicato dos motoristas autônomos, confirma a suspensão da cobrança pelo eixo levantado, mas diz que é a única parte do acordo cumprida pelo governo federal na totalidade. "O diesel ainda não baixou o prometido e o frete mínimo foi suspenso", ressalta. Motoristas profissionais e transportadoras estão reunidos em Brasília nesta segunda-feira (11) para discutir com o governo federal uma nova tabela de fretes.
(Com informações do repórter Nelson Bortolin)