Que o Paraná é uma potência no agronegócio não se questiona. Porém, nem todas as pessoas sabem que isso se deve, também, ao trabalho incansável das instituições públicas. Elas provêm o agricultor de soluções que são a base para os resultados incomparáveis do nosso estado. Um bom exemplo é a atuação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER (IDR Paraná).
Criado a partir da fusão de quatro instituições, a instituição enfrenta muitos desafios atualmente, reflexo de diversos fatores, como a queda expressiva no seu quadro de pessoal. Também há uma luta constante para adaptar os métodos e práticas de extensão rural às novas tecnologias e às gerações futuras de agricultores, fatores que afligem todo o Brasil.
Estes foram alguns dos pontos que tratei em curso realizado com extensionistas, pesquisadores e agrônomos do IDR Paraná – IAPAR-EMATER, da Itaipu Binacional e do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) em Agroecologia, Mandioca e Agricultura Sustentável do Oeste do Paraná da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), campus Marechal Cândido Rondon. Dentre os objetivos do curso, realizado por meio do Convênio Vitória, estava melhorar a comunicação dessas entidades com os diversos públicos de interesse, principalmente o produtor rural. O Convênio é fruto de uma parceria entre o IDR Paraná, Itaipu Binacional e a Fapeagro.
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Como fiz questão de frisar aos meus alunos/colegas de trabalho (somos todos servidores púbicos), eles representam parte fundamental do sucesso da agropecuária paranaense. Todos os dias estão levando para o campo soluções, conhecimento técnico extremamente relevante. Poderia citar dezenas de exemplos de pesquisas e ações de extensão rural que salvaram determinada atividade agropecuária ou que foram as responsáveis pela introdução de novas técnicas que revolucionaram o campo. Para não me estender demais, saliento que o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu o dobro da média nacional em 2023, puxado principalmente pelos resultados da agropecuária, que cresceu 26,91%.
O setor agrícola, assim como está ocorrendo em todo o mundo, está passando por profundas transformações. Não só em virtude da tecnologia, mas também por conta de elementos como as mudanças climáticas e também pela chegada das novas gerações de agricultores. Para se manter líder e avançar, o Paraná vai precisar desses profissionais, que têm a difícil missão de todos os dias ter uma comunicação ágil, assertiva e eficiente nesse turbilhão de informações que somos bombardeados diariamente. Sem contar a concorrência desleal das notícias falsas e da desinformação, que distorcem fatos, criam realidades paralelas e prejudicam a todos com suas mentiras. Imagine, meu caro leitor, o quão desafiador está para esses profissionais lidar com as novas gerações de agricultores em termos de geração de conteúdo.
Espero ter contribuído com esses profissionais que merecem nosso respeito e reconhecimento ;)
*Lucas V. de Araujo: PhD em Comunicação e Inovação (USP).
Jornalista Câmara de Mandaguari, Professor UEL, parecerista internacional e mentor de startups.
@professorlucasaraujo (Instagram) @professorlucas1 (Twitter)