A CPI dos Combustíveis foi criada no dia 3 de abril deste ano para apurar denúncias de adulteração de gasolina e sonegação fiscal por parte do comércio varejista e distribuidoras no Paraná. Nesse tempo foram ouvidas 40 testemunhas e pessoas acusadas de cometer crime ao lesar os cofres públicos. Em seis meses de investigação, já foram auditadas 122 empresas que terão de devolver aos cofres da Receita Estadual R$ 34 milhões. Elas foram autuadas por sonegação fiscal.
A autuação foi feita em operações conjuntas dos deputados da CPI e de fiscais da Receita Estadual. Foram realizadas operações de fiscalização em distribuidoras, caminhões-tanque e transportadoras. Cinco postos tiveram suas inscrições canceladas e sete distribuidoras têm indícios de sonegação. Estão sob investigação 150 empresas.
Ainda em abril, o Ministério Público de Londrina apreendeu dois caminhões que transportavam solvente "destinados à adulteração", segundo relatório da CPI. Foram encontradas notas fiscais emitidas pela empresa Resibril. Além dos dois caminhões em Londrina, houve o lacre de dois postos em Rolândia e Londrina, este último liberado mais tarde por não haver prova material.
A CPI conseguiu ainda lacrar tanques clandestinos de combustíveis pertencentes à Pelikano, em Colombo (Região Metropolitana de Curitiba). Os trabalhos, no entanto, estavam concentrados mais na Região Norte, onde havia denúncias e casos comprovados de adulteração e sonegação fiscal. "O setor de combustíveis tem um giro violento de recursos financeiros e querem agregar lucro com a sonegação de impostos", denuncia o relator da CPI, Durval Amaral. Os trabalhos da comissão parlamentar vão até meados de dezembro. O resultado será encaminhado ao Ministério Público Estadual.