A taxa de desemprego no Paraná, em 2002, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), ficou em 12%, o que representa cerca de 620 mil trabalhadores fora do mercado de trabalho formal. Na Região Metropolitana de Curitiba, o índice chegou a 15%, com 190 mil pessoas desempregadas.
Apesar de ter fechado o ano de 2002 acumulando variação positiva de 4,17% no nível de emprego - acima da média nacional, que foi de 3,77% -, o resultado acaba sendo anulado pelo significativo crescimento na taxa média de desemprego. Usando a pesquisa do Dieese de São Paulo como parâmetro, o Dieese paranaense calcula que o índice teve alta de 8,3%, passando de 17,5% em 2001 para 19% em 2002. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra crescimento de 17,2% na taxa de desemprego.
O economista do Dieese, Cid Cordeiro, explica que o número de vagas abertas em 2002 não foi suficiente para absorver todos os trabalhadores que entraram no mercado de trabalho. Nos últimos sete anos, o Paraná tem registrado crescimento da População Economicamente Ativa (PEA). Todos os anos, 87 mil pessoas em média ingressam no mercado formal de trabalho. Como no ano passado foram criados 58.589 postos de trabalho, houve um déficit de pelo menos 28 mil empregos.