O álcool combustível já está sendo vendido mais caro nas distribuidoras e o aumento médio de 8% chegará ao consumidor ainda neste final de semana. Distribuidoras põem a culpa nos produtores dizendo que estão repassando aumento deles. Mas os produtores negam qualquer aumento e dizem estar com os preços congelados.
As primeiras companhias de distribuição que modificaram o preço foram a Shell e a Ipiranga, que comunicaram os postos de revenda dos novos preços. A gerência da Ipiranga em Curitiba informou à Folha que o litro do álcool seria vendido para os postos por um valor aproximado a R$ 0,937, a partir de hoje. Os postos, por sua vez, devem aumentar o preço para o consumidor até um valor aproximado de R$ 0,98.
As distribuidoras informaram que o aumento no preço do álcool foi necessário para acompanhar o reajuste do produto nas usinas produtoras. "Estamos repassando o preço das usinas", afirmou uma das funcionárias da Gerência da Ipiranga, que preferiu não dizer o nome.
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A versão da funcionária, no entanto, é contestada pela Associação dos Produtores de Álcool do Paraná (Alcoopar). O superintendente da associação Adriano da Silva Dias disse que os preços estão congelados. "Os produtores continuam a vender o álcool pelo mesmo preço. Não houve aumento nas últimas semanas", afirmou.
Os produtores de álcool paranaenses vendem o produto por um preço que varia de R$ 0,60 e R$ 0,65 o litro para as distribuidoras. "Não temos qualquer interesse em aumentar". Nas usinas paulistas é possível encontrar o produto sendo vendido mais barato, por R$ 0,61. O preço está ligado muito à logística de produção, explica Dias.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis) reclamou de mais este aumento. A assessoria do sindicato informou que os postos terão de repassar os valores à medida que o produto chegar mais caro. Muitos donos de postos telefonaram para o Sindicombustíveis para saber se o aumento seria generalizado.