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Dólar despenca 2,66% e fecha pregão cotado a R$ 2,93

Redação - Bonde
29 mai 2003 às 17:19

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Grandes movimentações no mercado financeiro fizeram o dólar despencar e fechar cotada a R$ 2,93, registrando baixa de 2,66%. Desde a abertura dos negócios nesta manhã voltou a se situar abaixo dos R$ 3.

De acordo com Joel Machado, da Century Investimentos, vários fatores colaboraram para a queda do dólar nesta quinta-feira. Um deles foi rumores de que teria ocorrido, pela manhã, um grande ingresso de recursos no
mercado, o que teria implicado um movimento de vendas puxando a cotação para baixo.

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Um outro rumor, também associado ao momento especulativo em que vivem os
pregões, saiu do mercado doméstico e chegou com força ao investidor
estrangeiro: o Brasil estaria preparando uma nova emissão soberana.

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Analistas externos e internos mantêm cautela em torno desses rumores, uma vez que eles poderiam apenas servir para valorizar ativos do país. No entanto, uma nova emissão brasileira não pode ser descartada.

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Segundo Machado, já começou com intensidade nesta quinta-feira o movimento das tesourarias dos bancos para influenciar a formação da Ptax (taxa média) do
dólar de sexta-feira e adequá-la às suas posições.


A Ptax desta sexta-feira irá balizar o vencimento do dólar futuro para junho na BM&F, dia 1º, e a liquidação de US$ 1,2 bilhão de swap cambial, totalmente rolada pelo Banco Central, dia 2.

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De acordo com a Broadcast/Agência Estado, a maioria dos bancos mantém posições vendidas em dólar para esses vencimentos - apostavam na queda da cotação e a tendência inicial, segundo um especialista, era que a Ptax de amanhã ficasse em torno dos R$ 2,80.


No entanto, no meio do caminho, veio o anúncio do BC, na segunda-feira, de que não iria mais divulgar o porcentual de rolagem de dívida cambial, podendo
renovar até mesmo mais de 100% do vencimento.


A medida era aguardada pelo mercado, bem com a forte alta da moeda norte-americana que sucedeu ao anúncio - o dólar subiu 3,77% e fechou em R$ 3,025. Nos dias seguintes, o mercado se reacomodou e, agora, devolve a valorização e volta à tendência de adequar a Ptax às suas posições.

Indicadores brasileiros divulgados nesta quinta vieram dentro do esperado pelos
analistas. O PIB do País no primeiro trimestre caiu 0,1% ante o quarto
trimestre de 2002 e cresceu 2% ante o primeiro trimestre de 2002. O
superávit primário de abril ficou em R$ 9,849 bilhões, um recorde para meses
de abril desde 1991, segundo o BC.


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