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Sondagem da FGV

Empresários pessimistas com política econômica

Redação - Folha de Londrina
31 jul 2003 às 21:22

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A política econômica adotada pelo novo governo desapontou o empresariado brasileiro em julho. Com juros ainda em patamares elevados (24,5% ao ano) e uma demanda de consumo em queda no País, o setor industrial reverteu o otimismo que tinha em abril e nunca esteve tão pessimista.

Sondagem feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em julho com 1.190 indústrias revelou que 49% dos entrevistados disseram ter piorado a situação de seus negócios. É o maior percentual desde que a pergunta foi incluída no levantamento, em abril de 1995. Apenas 10% responderam que os negócios vão melhorar.

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A perspectiva até o final do ano também não é nada animadora. Para 27% dos entrevistados, a situação até o final deste ano vai piorar. É a maior taxa desde julho de 1995, quando o percentual chegou a 28%. ''Há um desapontamento com medidas que melhorem a demanda e o crescimento. Até agora, as medidas que estão acontecendo, estão desapontando a indústria'', afirma o economista responsável pelo levantamento, Aloisio Campelo.

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Segundo ele, até abril, quando foi realizada a sondagem anterior, os empresários tinham a expectativa de que a economia iria retomar o crescimento rapidamente e deflagrar o chamado ''espetáculo do crescimento'' com o novo governo. Em abril, 18% disseram que a situação de seus negócios estava boa, e 22%, fraca. Além disso, 43% afirmaram que os negócios iriam melhora nos próximos seis meses, e apenas 13%, que iria piorar.


Para completar o quadro de parada na atividade industrial, foi apurado que a demanda foi fraca para 41% dos entrevistados, a maior taxa de respostas desde julho de 1995 (45%) e que 22% estão com estoques excessivos, maior taxa desde abril de 1992. Com a queda de consumo, resultado do nível de desemprego elevado e da queda real da renda, os empresários pretendem baixar os preços no terceiro trimestre.

Do total de empresas entrevistadas, 26% responderam que vai haver queda nos preços de seus produtos. Este percentual só é menor que o verificado após o confisco da poupança, em abril de 1990, durante o governo Collor.


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