Maringá - A crise no abastecimento do arroz, provocada pela queda na safra do Rio Grande do Sul, responsável por 50% da produção nacional, está levando as cerealistas do Paraná à importação junto a mercados não tradicionais como o norte-americano e o asiático. Para o consumidor, as consequências são: arroz fora do padrão normal e preços mais altos nos próximos meses com o pacote de cinco quilos do produto de primeira podendo chegar a R$ 10,00, mais que o dobro do valor comercializado no mesmo período do ano passado. A projeção é dos cerealistas e maquinistas de beneficiamento de arroz de Maringá.
Além da redução da safra, os produtores gaúchos estão segurando o produto na busca de melhores preços. Valores já considerados rentáveis, pois a saca de 50 quilos que no final do mês passado estava a R$ 25,00 passou, esta semana, a R$ 32,00, com previsão de alta para até R$ 40,00. A crise marcada pela falta de produto em plena safra - é tão atípica que pegou de surpresa cerealistas com 20 e 30 anos no mercado.
É o caso do dono da Cerealista Feijão de Ouro, Delcio Siste, de Maringá. Siste afirma que nunca viu situação como esta, ''com carência de arroz e estimativa de preços altíssimos''. O cerealista já está fechando contratos no Uruguai, mas lamenta os preços abusivos porque o país do Mercosul, a exemplo da Argentina, está trabalhando com o dólar mais valorizado em relação as cotações no Brasil. Além disso, o frete é outro problema. Dependendo da região do Uruguai, o frete pode custar mais de U$ 50 a tonelada, enquanto o valor da viagem do Rio Grande do Sul para Maringá é de R$ 75,00 (US$ 35) a tonelada.
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A Argentina e o Uruguai são exportadores tradicionais e suprem a defasagem do mercado brasileiro. Enquanto o País consome cerca de 12 milhões de toneladas de arroz, a produção prevista deste ano não deve passar de 9,5 milhões de toneladas.
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