O presidente da Federação dos Transportadores de Cargas do Paraná (Fetranspar), que reúne os proprietários de empresas de transporte rodoviário, Valmor Weiss, garantiu ontem que a maioria da frota do Estado continua trafegando normalmente. Isso contraria os números divulgados pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) no Estado, que garante uma paralisação de mais de 80% da frota.
Dos 250 mil caminhões que existem no Estado, cerca de 170 mil pertence a transportadoras e 80 mil a caminhoneiros autônomos. "Estamos conscientizando os empresários sobre os prejuízos que um locaute nesse momento poderia trazer para a categoria e eles não estão deixando os caminhões nos pátios", conta.
Essa é a primeira mobilização de caminhoneiros em que a Fetranspar não participa. "Somos sensíveis às reivindicações da categoria, mas acreditamos que esse é um momento impróprio para a greve, que tem claras conotações políticas, por isso a Fetranspar não participa do movimento", esclarece Weiss.
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De acordo com o presidente da federação, as entidades de classe estão discutindo com o governo federal melhorias para a atividade. "Temos tratado mensalmente da regulamentação da profissão, com tempo máximo de direção, e dos valores do pedágio para caminhões, essa greve não é justa e joga todas essas negociações no lixo". Weiss acredita que existam motivações políticas por trás da organização da greve. "A categoria não pode servir de bucha de canhão na briga entre tubarões da política brasileira", completa.
COMBUSTÍVEIS - A direção de um pool de distribuidoras de combustíveis na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) afirmou ontem que não há risco de desabastecimento do produto. O pool reúne cinco grandes distribuidoras (Texaco, Ipiranga, Shell, Esso e Petrobras). Para alguns municípios da região de Ponta Grossa e norte de Santa Catarina, onde há bloqueios nas estradas é possível que falta combustível se a greve durar até o fim da semana. Mas por enquanto a maioria das transportadoras não está deixando os caminhões nos pátios.