A administração do Porto de Paranaguá afirmou que o embarque de cargas no Corredor de Exportação vai demorar mais alguns dias para se normalizar. Com isso, a BR-277 continuará ainda um pouco congestionada.
A fila de caminhões, provocada pela paralisação do carregamento de grãos, por causa das chuvas que caíram na cidade na semana passada, diminuiu bastante nesta segunda-feira, atingindo no máximo 17 quilômetros.
Durante o fim de semana, foram embarcadas 90 mil toneladas de soja, milho, farelo e açúcar, produtos que compõem o Corredor de Exportação, liberando 2.325 caminhões. Quando o porto opera em condições normais, a média de embarque diária é de 80 mil toneladas.
Leia mais:
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Com reforma do governo, estados e municípios perderão até 80% de IR retido na fonte
Pacote de corte de gastos prevê economia de R$ 327 bi em cinco anos
Nesta segunda, ainda estavam esperando para desembarcar cerca de 1,6 mil veículos. O número de navios esperando para atracar diminuiu de 34 na sexta-feira para 26. A expectativa do porto é de que a situação se regularize em três dias, desde que não ocorram mais chuvas. Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a tendência é que o tempo melhore nos próximos dias no Litoral do Estado.
Também não houve muito movimento de cargas em direção a Paranaguá. Segunda-feira costuma ser um dia de muito movimento de caminhões, mas a direção do porto havia feito um pedido às cooperativas e transportadoras para que diminuíssem o tráfego de veículos, evitando formação de filas maiores.
De acordo com o analista técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, os caminhoneiros estão acompanhando o embarque de cargas no porto e trocando informações sobre a fila. "Tem bastante gente que estava a caminho, mas quando viu a situação parou em um local mais confortável para depois seguir viagem", relatou.
Turra disse que o grande volume de cargas transportadas, que foi outro fator que contribuiu para o congestionamento do embarque, se explica pela taxa de câmbio. "Os produtores estão querendo aproveitar o dólar em alta para exportar mais", afirmou.
Segundo a direção do porto, nos anos anteriores o escoamento da safra de grãos para exportação já teria diminuído nesta época. Porém, neste ano a situação está diferente por causa da safra recorde de soja e pela exportação de milho, que tradicionalmente não ocorria e que atingiu 2,1 milhões de toneladas nos primeiros seis meses deste ano.
O Porto de Paranaguá movimentou, de janeiro a junho, 9,5 milhões de toneladas de granéis sólidos (soja, milho, cevada, açúcar e fertilizantes), contra 6,6 milhões de toneladas registradas no ano passado, o que representa um aumento de 44%. As embarcações de soja aumentaram 15%, atingindo 3,1 milhões de toneladas no primeiro semestre, e as de farelo, 20%, com 2,4 milhões de toneladas escoadas no período.