Os funcionários da Eletrosul e de Furnas no Paraná podem entrar em greve a partir do próximo dia 19. O indicativo foi votado em assembléias realizadas nas últimas 48 horas em todo o Estado. Os eletricitários, que acompanham um movimento nacional, pedem um reajuste salarial de 7,09%, para a reposição da inflação dos últimos 12 meses, além de ganho real de 3%.
A última contra-proposta apresentada pela Eletrobrás foi de 5% de reajuste e um abono de uma remuneração, que seria pago dez dias após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho.
Para o diretor do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba, Jorge Felipe Carminati, a proposta não cobre a defasagem salarial. "Só com o Plano Real, a nossa categoria teve uma perda de pelo menos 35%."
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Só no Paraná, cerca de 500 funcionários de Furnas e da Eletrosul aprovaram a paralisação. Uma nova assembléia, marcada para a próxima segunda-feira, vai deliberar pela realização de uma greve por tempo indeterminado. "Se a Eletrobrás não oferecer uma nova proposta, a paralisação deve ocorrer sim", afirma Carminati. Essa foi a terceira e, segundo a estatal, a última contra-proposta oferecida pela Eletrobrás.
De acordo com o diretor do sindicato, uma greve como essa pode vir a prejudicar o abastecimento de energia elétrica em todos os Estados envolvidos (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul). Os setores que seriam afetados pela greve ainda não foram definidos. Mas, segundo Carminati, está sendo estudado o corte de serviços essenciais, como o fornecimento de energia.
Leia mais em reportagem de Ellen Taborda, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira