O maior conglomerados do mundo, a GE (General Electric), pode expandir seus tentáculos no Brasil. A empresa, que no país tem sua principal marca a empresa de fogões Dako, deu início a estudos para implantar três novas fábricas no país de áreas bem distintas: aviação, energia e locomotivas.
As novas linhas de produção ainda estão em fase de estudo, mas em etapas diferentes.
O projeto turbinas eólicas, segundo o presidente da GE no país, Alexandre Silva, deve ter início no curto prazo. A empresa já comprou no ano passado uma unidade em Sorocaba de pás um dos componentes da turbina. O executivo já esteve reunido com o presidente do BNDES, Carlos Lessa, para discutir financiamentos para essa fábrica que tem como objetivo nacionalizar 70% do equipamento total.
Leia mais:
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Com reforma do governo, estados e municípios perderão até 80% de IR retido na fonte
Pacote de corte de gastos prevê economia de R$ 327 bi em cinco anos
Durante o encontro com Lessa, o banco estatal pediu para que a GE estude a nacionalização de parte da produção da turbina dos aviões que irão compor os modelos da Embraer. A GE não descartou uma possível montagem final desses motores de aviação no país, apesar de ser uma decisão inédita na história da companhia, que sempre manteve concentrada nos Estados Unidos a fabricação de turbinas aeronáuticas.
O BNDES argumenta para que a GE use o seu parque de manutenção de turbina de aviões no Rio, a GE Celma, para começar a produzir o equipamento no país. A unidade GE Celma é uma parceria entre o conglomerado e a Varig, mas existe a perspectiva de que a Varig pague sua dívida com a GE por meio da sua participação na Celma. Com todas as ações da GE Celma em mãos, a maior empresa do mundo poderia partir para planos mais ousados, mesmo que apenas a montagem final de motores.
Por fim, a unidade ferroviária do conglomerado trocou a diretora na América do Sul e a nova executiva, Maria da Consolação Fontes, tem o objetivo de retomar a fabricação de locomotivas no país na unidade de Minas Gerais. A companhia está de olho, assim como todas as indústrias do setor ferroviário, nas encomendas da Vale do Rio Doce. A companhia abriu uma concorrência para a compra de 2 mil vagões que despertou o interesse de várias empresas para retomar a fabricação desse equipamento no país.
A GE sabe que a Vale precisará de locomotivas, e muitas, para movimentar tantos vagões e por isso negocia com a mineradora um contrato para justificar o investimento no Brasil.
A companhia atua em áreas industriais desde aparelhos de televisão até a peças de avião, além de ser uma das maiores companhias de leasing de aeronaves do mundo.
No segundo trimestre deste ano a companhia mundialmente teve ganhos de US$ 3,8 bilhões contra US$ 4,4 bilhões no mesmo período do ano passado.