A inflação sentida pela população idosa acelerou de uma alta de 0,68% no terceiro trimestre para um avanço de 1,18% no quarto trimestre do ano passado, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 10. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou alta de 3,80% no ano de 2017.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,23% acumulada em 2017 pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos.
Na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre, três das oito classes de despesas tiveram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação, que passou de uma queda de 2,19% para um aumento de 0,45%, sob influência de itens como hortaliças e legumes, que saiu de um recuo de 16,26% para um avanço de 7,60%.
Leia mais:
Bancos restringem oferta de empréstimo consignado do INSS
Prefeitura de Londrina vende mais quatro lotes da Cidade Industrial
Brasil fica em 46º lugar de ranking de competitividade com 66 países, diz novo índice
Planos de saúde que viraram alvo do governo lideram lucros em 2024
Os demais aumentos ocorreram em Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,21% para 1,47%) e Habitação (de 1,08% para 1,21%), com impacto dos itens medicamentos em geral (de -0,23% para 0,12%) e gás de botijão (de 2,11% para 6,44%), respectivamente.
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 3,14% para 2,51%), Vestuário (de 0,62% para -0,07%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,42% para 1,11%), Comunicação (de 0,40% para 0,20%) e Despesas Diversas (de 0,74% para 0,65%). Os destaques foram os itens gasolina (de 11,98% para 5,28%), roupas (de 0,82% para 0,15%), passagem aérea (de 16,62% para -0,63%), tarifa de telefone residencial (de -0,25% para -2,75%) e alimentos para animais domésticos (de 1,68% para 0,49%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.