Inovação não é uma ação estanque e isolada. Também não pode ser vista como uma bala de
prata que vai resolver os problemas num passe de mágica. Não é por acaso, portanto, que
eventos como a ExpoLondrina, uma das maiores feiras agropecuárias do país, todos os anos, há
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algum tempo, promove uma série de atividades voltadas à inovação.
Tive a satisfação, pelo segundo ano consecutivo, de realizar diversos podcasts com pessoas que
não só conhecem profundamente o setor agropecuário, como também promovem e fomentam a
inovação. Falei com o diretor de pecuária da Sociedade Rural do Paraná, Luigi Carrer, a
extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) Roberta Gomes, e a
professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Ana Maria Bridi sobre as perspectivas
da pecuária paranaense, com enfoque na qualidade da carne como um diferencial de mercado e
na produção.
Também conversei com o diretor de Integração do IDR-Paraná, Rafael Fuentes; a diretora de
pesquisa do IDR-Paraná, Vânia Cirino; o professor da UEL Admilton Gonçalves; o assessor da
Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) da UEL Arthur Marinno; o presidente do IDR-
Paraná Natalino Avance de Sousa; e ainda o diretor de inovação da Sociedade Rural do Paraná,
Renan Salvador. Em todas essas conversas, temas como gerar inovação, fomento, startups, e
ciência como base para o desenvolvimento de inovação, sobretudo a disruptiva e radical.
Um tópico constante nessas conversas foi a pesquisa científica como pilastra para o
fortalecimento do agronegócio e do desenvolvimento da sociedade, inclusive no aspecto social.
Destacamos que um local evolui em todos os aspectos quando a inovação traz benefícios que
vão muito além da questão econômica. Falávamos, por exemplo, das variedades do IDR-Paraná,
desenvolvidas pelo trabalho da pesquisadora Vânia Cirino, que contém um teor de ferro maior,
indispensável para a segurança alimentar da população. Ou ainda das pesquisas que buscam
bem-estar animal da professora Ana Maria Bridi da UEL. Inovações que não repercutem apenas
no plano da geração de valor monetário, mas melhoram a vida, inclusive dos animais. Apenas a
ciência é capaz disso. Somente a pesquisa, feitas nas instituições de ensino, dando subsídio à
inovação pode trazer essa melhora por completo do ecossistema.
Os vencedores do hackaton promovido durante a ExpoLondrina foi a equipe Healthy Milk de
estudantes de Computação da UniFil. Eles desenvolveram um projeto para reduzir a perda de
leite por bactéria por meio de um aplicativo. A dificuldade no controle de bactérias é um
problema para muitos produtores rurais.
Deixei os links para vocês curtirem os podcasts e acompanharem um pouco mais sobre esse
papo interessante sobre a inovação ;)
*Lucas V. de Araujo: PhD e pós-doutorando em Comunicação e Inovação (USP). Professor da
Universidade Estadual de Londrina (UEL), parecerista internacional e mentor Founder Institute. Autor de
“Inovação em Comunicação no Brasil”, pioneiro na área.