Certificação do Guinness World Records contempla os 40 anos de operação da usina e a produção de mais de 3 bilhões de MWh, marca que nenhuma outra usina do mundo alcançou
A usina hidrelétrica de Itaipu, pertencente a Brasil e Paraguai, conquistou nesta sexta-feira (1º) o título de “Maior produção acumulada de energia hidrelétrica”, concedido pelo Guinness World Records, o Livro dos Recordes. O anúncio foi feito pela juíza oficial do Guinness, Natalia Ramirez Talero, em cerimônia no hall do Edifício da Produção.
A certificação contempla a produção de Itaipu de maio de 1984, quando entrou em operação a primeira unidade geradora, a outubro de 2024. Nesse período, a hidrelétrica binacional gerou 3,038 bilhões de megawatts-hora (MWh), marca que nenhuma outra usina no mundo alcançou.
Leia mais:
Anfavea projeta aumento de 5,6% nas vendas de veículos em 2025
Veja calendário de pagamento do abono do PIS/Pasep 2025 proposto pelo governo federal
Bancos restringem oferta de empréstimo consignado do INSS
Prefeitura de Londrina vende mais quatro lotes da Cidade Industrial
Com essa geração acumulada seria possível abastecer com energia o mundo inteiro por 43 dias e 17 horas; o Brasil por 4 anos, 8 meses e 14 dias; o Paraguai por 137 anos, 7 meses e 10 dias; o Estado de São Paulo por 22 anos e 4 dias; 670 cidades do porte de Curitiba por um ano; e mais de 5.158 cidades do porte de Foz do Iguaçu também por um ano.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, disse que o prêmio é resultado de décadas de trabalho, dedicação e integração de brasileiros e paraguaios. “Essa conquista é um símbolo gigantesco do compromisso de trabalhadores e trabalhadoras que construíram essa imensa obra e que têm um compromisso histórico com os seus países. Porque graças a essa obra nós pudemos ter mais riqueza, desenvolvimento e uma sociedade mais justa”, afirmou.
O diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, lembrou que a certificação do Guinness ocorre em um momento histórico, quando a empresa completa 50 anos de constituição e 40 anos de operação. “E hoje temos o reconhecimento de ser a maior central hidrelétrica do mundo [em produção acumulada]. Essa conquista é de milhares de trabalhadores que tornaram possível que hoje estejamos aqui”, reforçou.
A juíza Natalia Ramirez Talero explicou que a concessão do título só ocorreu após um estudo detalhado, verificação de documentos e consulta a especialistas do setor elétrico. “A Itaipu tem uma vantagem muito ampla nesse processo, porque são 40 anos de produção. E o que nós estamos buscando não é somente um valor específico, mas premiar a consistência”, disse.
“O propósito por trás disso”, completou Natalia, “é enaltecer o trabalho de uma empresa que é binacional, que produz energia sustentável, que é a energia que o mundo hoje precisa. Queremos que mais pessoas possam se interessar por esse tipo de energia”.
Diretor técnico executivo da Itaipu, Renato Sacramento citou que a confiabilidade, a disponibilidade das unidades geradoras e um programa de manutenção contínuo estão entre os motivos que transformaram Itaipu em líder na geração de energia. “Continuaremos assim por longos e longos anos e dificilmente seremos alcançados a curto ou a médio prazo.”
A cerimônia de certificação do Guinness World Records foi acompanhada por diretores e conselheiros da Binacional, entre eles o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.