O índice era de 6,39% em agosto deste ano. Porém, a queda não ocorreu pelo aumento de vagas, mas pela retração no mercado de trabalho, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que fez o levantamento com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população ocupada em setembro encolheu em 4 mil pessoas em relação a agosto, atingindo 1.141.000. Em comparação com setembro de 2000, houve aumento de 2,6%. O setor que mais empregou foi o comércio, com a criação de 8 mil vagas. A indústria da transformação teve redução de 6 mil vagas e a construção civil fechou 6 mil postos.
Historicamente, todos os anos os níveis de emprego aumentam a partir de julho. De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Paulo Mello Garcias, 2001 foi uma exceção. "O processo de retração na economia brasileira em função do problema energético, da retração americana e da crise na Argentina estão contribuindo para esse efeito (de queda) no mercado de trabalho", explicou. A média nacional de desemprego medida pelo IBGE é de 6,2%.
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A renda do trabalhador de Curitiba e região apresentou a terceira queda consecutiva de acordo com dados do mês de agosto. O salário médio, já descontada a inflação, foi de R$ 725,81, redução de 2,3% em relação a julho. "O salário não acompanha a inflação e assim o poder aquisitivo cai", disse Garcias.