A abertura de mercado de listas telefônicas está criando um problema financeiro para os comerciantes. Até o ano passado, só havia uma editora que oferecia listas na em Curitiba e região metropolitana, a Editel. Atualmente até cinco listas estão oferecendo espaços publicitários para os empresários desses municípios. Para não perderem clientes, muitos estão anunciando em mais de uma lista, multiplicando os gastos com publicidade.
A Associação Comercial do Paraná (ACP) está recebendo várias reclamações dos comerciantes, que estão confusos sobre o que fazer. De acordo com a assessoria de imprensa, a diretoria da Associação esteve reunida na terça-feira e decidiu que vai promover um encontro entre empresários e editores de listas. A intenção do presidente da ACP, Marcos Domakoski, é intermediar um acordo entre as partes para que nenhuma delas seja prejudicada.
Uma das novas empresas que estão buscando mercado é o Guia Mais, que está fazendo uma grande campanha de marketing para atrair anunciantes e deve começar a circular em setembro. A Telepar Brasil Telecom também está vendendo aos comerciantes espaços na Telelista. Existem ainda a Páginas Amarelas e a Aditel.
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Os empresários ouvidos pela Folha se mostraram angustiados pelo grande número de listas que vai circular por Curitiba, além de não encontrarem um órgão que os oriente. A própria ACP não tinha conhecimento de todas as empresas que estão oferecendo os serviços de anúncios e não sabia onde buscar esta informação, declarou a assessoria da entidade.
O empresário Fábio Luiz Bilek, da Mecânica Biauto, em Curitiba, revelou que anunciou em três listas. Para cada uma delas, pagou cerca de R$ 400,00 por um anúncio de dois centímetros quadrados, triplicando o gasto que tinha antigamente com anúncio. "Fiz isso porque não sei qual vai ser a lista principal de Curitiba", declarou. Já a comerciante Cláudia Alves, do serviço de entregas Colt, achou melhor continuar com apenas uma lista. "Vou esperar para ver se as outras se saem bem e consigam concorrer com a Editel", declarou.
"Parece que tem uma lista saindo a cada dia", reclamou a proprietária da Pastelaria Cristal, Leda Emiko. Ela possui um anúncio na lista Editel e disse que na semana passada recebeu uma oferta da Telepar. "Nem aceitei, senão vai ficar difícil pagar", contou. Ela pagou para a Editel, por um anúncio de três centímetros quadrados, aproximadamente R$ 1,5 mil, parcelados em seis vezes.
O fim do monopólio na exploração das listas telefônicas foi determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em julho de 1998, quando ocorreu a privatização do setor de telefonia brasileiro. Ficou agendado o ano de 2001 para a liberação do setor. Agora qualquer empresa poderá publicar uma lista classificada.