A venda de carros novos no Paraná cresceu menos em 2000 que a média nacional. Enquanto o mercado automotivo brasileiro teve um acréscimo médio de 20,8% no ano passado, no Paraná esse índice ficou em 14,2%. Os números são da regional estadual da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Em todo o País foram vendidos 2,01 milhões de veículos entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas, tratores e motocicletas por concessionárias autorizadas. As concessionárias paranaenses venderam 126,65 mil veículos.
Segundo o diretor regional da Fenabrave no Paraná, Daniel Russi Filho, esse menor crescimento deve-se principalmente ao desempenho do segmento de automóveis, comerciais leves e motocicletas. Enquanto no Brasil houve um crescimento de 17,4% das vendas de veículos de passeio e comerciais leves, no Paraná o índice ficou em 12,5%.
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A participação do Estado no mercado nacional também caiu. Em 1999, 7,2% da frota nacional de automóveis e comerciais leves era comercializada no Paraná. Em 2000 essa participação caiu para 6,9%.
Na próxima semana haverá uma reunião da diretoria da Fenabrave no Paraná para discutir os motivos desse desempenho. "Um dos principais responsáveis já identificados é a evasão de compras do Paraná para Estados vizinhos". Russi diz que a Fenabrave já apresentou ao governo uma proposta de isenção de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA) no primeiro ano para incentivar a venda de carros novos.
No segmento de motocicletas, o crescimento no mercado nacional foi de 27,1% em relação a 1999. No Paraná, ele ficou em 13,6%. "No sul do País o mercado de motos é historicamente menor, em função do clima e outros fatores, mas acreditamos que com o desenvolvimento do setor de entrega domiciliar esse mercado fique cada vez mais aquecido", opina o diretor. O Paraná representa apenas 4% do mercado nacional.
Nos outros segmentos, o mercado paranaense acompanhou a média de vendas nacionais. No setor de caminhões, o crescimento brasileiro em relação a 1999 foi de 29,7%. No Paraná ele ficou em 29,8%. "Esse segmento foi beneficiado pelo aquecimento da economia e por uma linha de crédito a longo prazo para compra de veículos novos através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", conta.
No segmento de ônibus o crescimento do mercado foi ainda maior. Ficou 53,5% acima de 1999 no País e 53% no Paraná. "Esse setor é sazonal, e depende da renovação de frotas de prefeituras e ônibus urbanos", explica Russi. As vendas de máquinas agrícolas cresceu 31,9% no Brasil enquanto no Paraná ficou em 32%.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná deste sábado